Ronaldinho Gaúcho, ex-astro do futebol, se tornou réu em uma ação coletiva contra a suposta pirâmide financeira 18K Ronaldinho, que prometia rendimentos diários garantidos de até 2% com operações com Bitcoin na compra de seus pacotes.
O processo aberto pela IBEDEC-GO exige R$ 300 milhões por danos morais e materiais, devido a ligação do craque com a empresa de Marketing Multinível, e conta com cerca de 150 clientes de vários estados brasileiros e países como Estados Unidos, Portugal e Itália, conforme reportou o UOL.
Desde outubro de 2019, a 18K deixou de pagar seus clientes, alegando problemas. Na mesma época, passou a ser alvo de investigações de órgãos públicos.
Foi quando o antigo astro do futebol, que havia usado sua imagem como marketing para a empresa de investimentos, anunciou seu desligamento e passou a se dizer vítima do negócio, alegando ao Ministério Público Federal que a 18K não tinha autorização para usar sua imagem em negócios com criptomoedas.
Fernando Barbosa, advogado do IBEDEC de Goiás, incluiu Ronaldinho como réu da ação coletiva por acreditar que ele foi mais do que apenas um garoto-propaganda do negócio, aponta a UOL.
“Tem várias propagandas, vários vídeos na internet, anunciando o ex-jogador como sócio da empresa”, afirmou.
A defesa de Ronaldinho Gaúcho afirma que o réu “é parte ilegítima para figurar em qualquer ação que envolva a empresa do Sr. Marcelo Lara [CEO da 18K]”.
Em vídeos no WhatsApp, Marcelo Lara alega que a empresa foi vítima de uma fraude e por isso teria bloqueado os saques na plataforma, mas promete devolver o valor investido em relógios e ações de outras empresas. Enquanto isso, clientes dizem que as promessas não se realizaram até o momento.