Christine Grablis, uma antiga investidora da OneCoin, está processando os fundadores da empresa de criptomoeda por fraude, publicou o Bloomberg na última terça-feira (7).
Na denúncia, Grablis afirma que perdeu cerca de US$ 130.000 que investiu em OneCoin — exposta como esquema de pirâmide ponzi em 2015 — e busca indenização.
Além disso, a investidora também está pedindo que seu processo seja certificado como uma ação coletiva para representar outros investidores supostamente lesados pela OneCoin.
A fundadora e líder original da OneCoin, Ruja Ignatova, foi acusada de fraude eletrônica, fraude de valores mobiliários e lavagem de dinheiro, mas não foi presa.
Em março, Konstantin Ignatova, seu irmão mais novo e pretendente executivo da OneCoin, foi acusado de conspiração para cometer fraude eletrônica em conexão com o esquema.
Ambos foram nomeados como réus no processo de Grablis, juntamente com a empresa OneCoin, além de Sebastian Greenwood e Mark Scott, que também estavam envolvidos.
Greenwood é cofundador e porta-voz da OneCoin. Scott é um advogado licenciado, que é acusado de usar seu conhecimento legal para ajudar a empresa a lavar dinheiro através de fundos hedge.
Esquema Ponzi
A OneCoin foi exposta em 2015, pelo Cointelegraph e outros veículos de notícias, como um esquema internacional de pirâmide ponzi que utilizava táticas para levar as pessoas a acreditar em sua legitimidade.
Através de um marketing multinível, a empresa vendia materiais educacionais para negociação que vinham com tokens que supostamente poderiam ser usados para minerar OneCoins.
No quarto trimestre de 2014 até o terceiro trimestre de 2016, a empresa gerou 3,4 bilhões de euros (US$ 3,8 bilhões) em receita, de acordo com os promotores.
Durante essa época, a companhia alegou ter mais de 3 milhões de membros em todo o mundo e seu valor subiu de 50 centavos de euro para 29,95 euros em janeiro.
No entanto, a moeda não tem valor real e não pode ser usada para comprar nada.