A empresa que atuava como esquema ilegal de criptomoedas, investigada pela Polícia Federal durante a ‘Operação Madoff’ na última quarta-feira (15), teve seu nome vazado, de acordo com publicação do Portal do Bitcoin.
O negócio, administrado por Wesley Binz, teve 2,8 Bitcoins apreendidos durante a operação da PF.
A empresa se chama Trader Group Investimentos e funcionava em um shopping da cidade Serra, no Espírito Santo.
A Trader Group, que fazia oferta pública de investimentos com criptomoedas, não é autorizada pela Comissão de Valores Imobiliários, segundo o Portal.
A Justiça Federal determinou a suspensão das atividades do negócio e retirou seu site do ar. Agora, ao acessá-lo, há a seguinte mensagem:
“Conteúdo removido por ordem judicial, Ref. IPL 0493/2018 DPF/SR/ES. Entrar em contato com Polícia Federal e Ministério Público Federal.”
O Portal do Bitcoin entrou em contato com a PF, que afirmou não poder revelar o nome dos envolvidos na investigação.
No entanto, o site conversou com um trader que conheceu Wesley em 2016. A pessoa não quis se identificar, mas afirmou que Wesley “demonstrava pouco conhecimento sobre como fazer trade naquele tempo”.
De acordo com ele, Wesley criou a Trader Group no final de 2017 e, em um ano e meio, conseguiu “uma banca de quase R$ 1,5 milhão” através do investimento de outras pessoas.
Durante uma coletiva de imprensa na última quarta-feira (15), o delegado Guilherme Helmer disse que a empresa era suspeita de atuar num esquema Ponzi.
Em um esquema desse tipo, os lucros que os investidores recebem vem de novos investidores, e não do resultado dos investimentos em si.
Os ativos apreendidos pela PF
A Polícia Federal transferiu os 2,8 Bitcoins apreendidos e deve usar o valor para pagar os danos causados pela empresa.
Além dessas criptomoedas, as autoridades encontraram uma chave contendo mais de 4 mil Bitcoins, informou o Gazeta Online. No entanto, não há provas de que esses ativos pertençam à Trader Group.
A PF também encontrou um testamento cerrado feito por Wesley Binz, para garantir que os criptoativos seriam movimentados após sua morte.