O Ministério Público Federal e a Polícia Federal estão tentando encontrar uma maneira de ressarcir as vítimas da pirâmide financeira InDeal, desmantelada na última terça-feira (21) por meio da “operação Egypto”.
A operação foi efetuada pela Polícia Federal e Receita Federal em cinco cidades gaúchas, além de São Paulo e Santa Catarina. Segundo o Gaúcha ZH, foram apreendidos 36 carros de luxo e R$ 1,3 milhões em dinheiro.
No Rio Grande do Sul, foram cumpridos mandatos judiciais em judiciais em Porto Alegre, Novo Hamburgo, Esteio, Estância Velha e Campo Bom. A mobilização contou com cerca de 130 policiais federais, 20 servidores da Receita Federal e seis policiais civis
O MPF informou que irá requerer a alienação antecipada de bens apreendidos e realizará levantamento, com a Polícia Federal, dos valores que ficaram bloqueados nas contas dos investigados.
No dia da operação, um morador da região afirmou que chegou a aplicar R$ 10 mil em criptomoedas através da InDeal. “Todo o dinheirinho que conseguia economizar, colocava nisso”, disse.
O procurador da República Celso Tres disse que, nesse tipo de situação, o mais indicado é que as vítimas da pirâmide InDeal procurem a Polícia Civil ou a Justiça para comprovar que foram lesadas e busquem o ressarcimento. Mas ressaltou que o caso não é simples.
“Nesse caso é mais complicado, pois foi movimentado mais de R$ 1 bilhão” afirmou.
O procurador ainda lembrou que a Receita Federal vai cobrar impostos sobre os valores.
“O governo vai querer o tributo e, na hora da restituição, as dívidas tributárias são prioritárias” acrescentou.
Segundo as investigações, em 15 meses, a empresa recebeu mais de 1 R$ bilhão de reais em depósitos em três diferentes contas bancárias.
A InDeal movimentava esses valores autorização do Banco Central e prometia um retorno de até 15% no primeiro mês de aplicação aos investidores.