Embora a justiça tenha autorizado um bloqueio de quase R$ 6 milhões nas contas das exchanges ligadas ao Bitcoin Banco, as autoridades encontraram menos de R$ 130 mil.
Segundo informações do Portal do Bitcoin, as contas da NegocieCoins estavam vazias, e no caso da TemBTC, a justiça congelou R$ 5.157,62.
Já na Bat Exchange, que também foi divulgada como pertencente ao grupo Bitcoin Banco, de Cláudio Oliveira, as autoridades encontraram R$ 122 mil. No entanto, seu dono é o empresário Alexandre Tuna Vaz dos Santos.
De acordo com o site, as informações são de um documento do Bancejud — sistema eletrônico de comunicação entre a justiça e instituições financeiras que permite que o juiz encaminhe ordens de bloqueio, desbloqueio, transferências de valores e afins.
Bloqueio dos fundos
Na última quarta-feira (5), a Justiça do Paraná ordenou o bloqueio de R$ 5.942.117,83 das contas das empresas do grupo Bitcoin Banco.
Quem julgou o caso foi o juiz Evandro Portugal, da 19° Vara Cível de Curitiba (PR), que decidiu em favor dos clientes das empresas do grupo, devido aos obstáculos que eles vinham enfrentando desde maio para realizar saques.
O juiz concedeu tutela antecipada aos 20 clientes que moveram a ação contra o Grupo.
Embora não seja definitiva, a decisão garante que os clientes não perderão seus fundos até o fim do processo.
Segundo a decisão de Portugal, o receio em perder todo o investimento feito no Bitcoin Banco tem fundamento, e a demora da decisão poderia resultar em dano para os investidores.
Entenda o caso Bitcoin Banco
As exchanges do Grupo estão desde o dia 17 de maio com os saques praticamente travados.
Devido a lentidão no atendimento aos clientes, muitos clientes foram ao ReclameAqui relatar o problema.
Em 24 de maio o grupo anunciou que havia sofrido uma fraude de R$ 50 milhões, e a NegocieCoins passou a limitar os saques a R$ 10 mil por pessoa, mas saques de Bitcoin não.
Em 28 de maio, a BatExchange anunciou que entraria em manutenção por tempo indeterminado sem explicar os motivos.