Um cientista da computação americano conseguiu minerar Bitcoin em um Apollo Guidance Computer (AGC) de 52 anos, informou hoje o site Britânico IT Pro.
Ken Shirriff, especialista em engenharia reversa, teria elaborado um código que permitia a mineração do Bitcoin em um dos primeiros computadores baseados em circuito integrado que foram usados para navegar pelos primeiros pousos na Lua efetuados pela NASA, na década de 1960.
Como Shirriff escreveu em seu site pessoal, a máquina na qual ele conseguiu integrar o código de mineração do Bitcoin é o único AGC remanescente no mundo.
Com desempenho comparável à primeira geração de computadores domésticos do final dos anos 1970, como o Apple II, o AGC de 15 bits aparentemente não é o melhor hardware para minerar criptomoedas. O computador revelou ter uma taxa de 10,3 segundos por hash, informou o engenheiro, explicando que seria necessário “bilhões de vezes a idade do universo para minerar um bloco”.
Como comparação, o Antminer S9, popular equipamento ASIC desenvolvido pela gigante de mineração chinesa Bitmain exclusivamente para a mineração de criptomoedas, apresenta uma taxa de hash de cerca de 13 terahash, ou 13 trilhões de hashes por segundo (TH / s).
Há poucos dias, o Criptonizando informou que a taxa de hash do Bitcoin atingiu uma nova alta recorde de 65,19 TH / s. Desde então, o crescimento continuou, quebrando 74 TH / s no mesmo dia. Como uma das principais métricas para os mineradores, a taxa de hash é o número de cálculos que um determinado hardware ou rede pode executar a cada segundo.
Uma taxa de hash mais alta torna maiores as chances dos mineradores encontrarem o próximo bloco e receberem sua recompensa, o que também torna a rede mais segura, aumentando os recursos necessários para a implantação de um ataque de 51% à rede.