Com a crise na Venezuela, a população viu no Bitcoin e outras criptomoedas uma saída para driblar a híperinflação do país.
Como consequência, o país bateu o recorde em operações com criptomoedas no mercado P2P (peer-to-peer), no último final de semana de 13 e 14 de julho.
De acordo com dados estatísticos da CoinDance, os venezuelanos usaram cerca de 49,24 bilhões de bolívares soberanos em operações P2P em 2019, registrando recordes para a América do Sul.
No entanto, este mercado na Venezuela não influencia de maneira expressiva o preço do Bitcoin.
Isto porque o bolívar está desvalorizado devido à fragilidade econômica do país, e por isso, os 49 bilhões utilizados são equivalentes a apenas 512 Bitcoins.
No mesmo período, outros países da América do Sul apesentaram operações com criptomoedas no mercado P2P no valor de:
- Chile: 194 milhões de pesos
- Colômbia: 9,1 bilhões de pesos colombianos
- Brasil: ultrapassa R$ 1 bilhão (alta de 23%)
Petro deve ser aceita pelo Banco da Venezuela
No início do mês, o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, ordenou que o maior banco do país, o Banco da Venezuela, passasse a aceitar a criptomoeda nacional, Petro (PTR) em todas as suas filiais.
“Dou a ordem expressa para que sejam liberadas as transações de Petro em todas as agências do Banco da Venezuela.”
A moeda, lançada em 2018, não conseguiu conquistar muitos adeptos, principalmente com o cenário atual da economia no país.