Nas últimas semanas, o preço do Bitcoin não tem sido muito satisfatório. A moeda caiu 32% em relação à alta de 2019, quando marcou US$ 13.739.
Só no último sábado, houve uma queda de 8%, e atualmente o ativo está sendo negociado por US$ 9.500.
Mesmo com este quadro, os analistas seguem otimistas, sendo que a maioria deles espera que o Bitcoin, que agora se encontra em um neckline, retorne ao nível de Fibonacci de 61,8% e 50%.
A expectativa de curto prazo é baixa para o BTC, que saiu da cunha de ampliação que o levou de US$ 4.000 para a alta de 2019, além da tendência parabólica estar sendo negada há tempos. Assim, há probabilidade do ativo voltar a retração de Fibonacci de 61,8%.
Número de endereços de carteira inativos atingiu recorde
Número de endereços de carteira inativos atingiu recorde
Um relatório da CoinMetrics mostrou que o número de carteiras de Bitcoin inativas atingiu um recorde de 21%.
O documento sugere que o Bitcoin está se tornando cada vez mais uma reserva de valor ao invés de um meio de troca. Mas para o fundador da Adamant Capital, Tuur Demeester, “a maioria dessas moedas provavelmente está perdida”.
No entanto, a análise mostra que o número de criptoativos não tocados no período de tempo de 180 dias e de 1 ano teve um aumento notável em comparação com quadros de tempo mais longos, além de se alinhar com o aumento de preço do BTC em dólar.
Sendo assim, há uma correlação entre aumentos no preço do BTC e a quantidade de endereços de carteira que mantém o ativo como uma reserva de valor.
De acordo com o analista PlanB e ParabolicTrav, após um rally de Bitcoin atingir seu pico, há uma enorme quantidade do ativo disponível a preços mais baixos.
“Vimos baixas difíceis (capitulação de mineração) em dezembro de 2011, com o BTC valendo US $ 4,6, maio de 2015 (US $ 230) e dezembro de 2018 (US $ 3.896). O preço continua a subir destas quedas até altas históricas em torno de 100x […], o que implica uma contínua tendência de alta até $ 370.000.”
Analisando o gráfico, é possível notar uma porcentagem de redução dos ganhos no preço do BTC de cada rally sucessivo. Contudo, a atual tendência de alta está em torno de 1.000%.
Atualmente, o preço do Bitcoin parece estar espelhando ciclos anteriores, e desde sua queda em fevereiro, a moeda já aumentou 300%.
Em conversa com o Cointelegraph, PlanB explicou que agora é preciso mais dinheiro para movimentar os mercados:
“Pode ser um sinal de um mercado Bitcoin em maturação com volatilidade reduzida. Mais dinheiro é necessário para movimentar os mercados agora do que era em 2010-2011.”
Para Filb Filb, popular analista de criptomoedas, o Bitcoin não voltará a sua baixa de US$ 3.120 de 2019.
O preço do Bitcoin depende das regras básicas de oferta e demanda, e segundo Filb, a ansiedade em relação ao halving do BTC no próximo ano pode estar fazendo com que os mineiros ‘limitem a venda’ da moeda à medida que o evento se aproxima. O objetivo seria invocar a nova bolha do halving.
Se os analistas estiverem certos, os mineradores devem passar a vender menos Bitcoins enquanto a moeda valoriza em um futuro próximo, e então, as vendas voltarão quando a pressão para comprar diminuir.
Bitcoin em US$ 20.000
Bitcoin em US$ 20.000
Para os analistas, o Bitcoin deve seguir a tragetória geral de consolidação em curto prazo, seguida pelo entusiasmo do pré-halving e levando o preço do Bitcoin de volta a US$ 20.000.
Também é possível que holders de longo prazo que compraram o BTC próximo de sua alta histórica em torno de US$ 16.000 saiam do jogo e produzam uma onda de venda em massa.
Um declínio contínuo até US$ 7.500 seria o cenário mais provável, seguido por um longo período de consolidação, à medida que haja uma reacumulação e a flutuação no preço diário do Bitcoin diminua.
No entanto, enquanto o entusiasmo pelo pré-halving cresce, os analistas esperam que mineiros e investidores guardem suas moedas.