Já imaginou um evento que reúne funk, criptomoedas e segurança de dados? No Brasil isso é realidade. O CriptoFunk 2019 é um “evento-festa” voltado para a discussão destes assuntos, como informou o LiveCoins.
O evento, que está programado para acontecer no dia 14 de setembro no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, necessita de um financiamento coletivo e conta com uma campanha que visa arrecadar R$ 15.000 para que possa ser realizado.
“A ideia é essa mesmo: Sentar ao som do 150bpm enquanto discutimos democracia, privacidade, criptografia e cuidados digitais”, afirma o texto da campanha.
Formado por integrantes do data_labe, Escola de Ativismo, Intervozes e Coding Rights com apoio do Observatório de Favelas, o CriptoFunk é um projeto coletivo e independente.
Seu o objetivo é “empoderar novas pessoas a entenderem melhor as tecnologias e como elas podem afetar nosso cotidiano de forma intensa”.
De acordo com a campanha de arrecadação, o evento contará com oficinas, mesas de debates, filmes e festa.
Os idealizadores do projeto, que pretende “criptografar dados e descriptografar corpos”, decidiram incluir o funk para “para botar o corpo no jogo e mostrar que resistência também se constrói com prazer e alegria”.
Segundo eles, “se todo mundo entender melhor como elas [as tecnologias] funcionam e como agem sobre nossos corpos e comportamentos, melhor será nossas relações com elas.”
“É claro que quando a gente convoca o funk, vem o baile inteiro e outras questões são colocadas à mesa, como criminalização, racismo e um projeto de segurança pública que há décadas massacra pretxs, pobres e faveladxs.”
A campanha enfatiza que somente a partir de uma visão plural sobre a internet é que o debate sobre criptografia pode acontecer, por isso a escolha da favela da Maré para sediar o evento:
“As soluções para as questões de privacidade e liberdade na Internet, que são muito novas pra todo mundo, só podem ser construídas a partir de múltiplos olhares, lugares e experiências. Também é preciso reconhecer e fortalecer o lugar de produção de conhecimento e tecnologia da favela.”
No entanto, a realização do evento só será possível se o coletivo conseguir arrecadar os R$ 15 mil.
A campanha ainda conta com um mês até a data limite para atingir a meta, e para garantir a transparência, os organizadores disponibilizaram um gráfico que mostra os gastos envolvendo o projeto:
Até o momento da publicação, a campanha já havia arrecadado mais de R$ 3.100, equivalente a 21% da meta. Para ajudar, clique aqui.