Em mais um processo movido contra a Atlas Quantum devido ao atraso para liberar os saques na plataforma, a Justiça determinou que a empresa pague dois clientes em até 48 horas após a publicação do despacho.
Segundo publicação do Livecoins, os clientes, que processaram a empresa por práticas abusivas, ganharam o direito de antecipação de tutela de urgência em relação aos bitcoins custodiados pela Atlas.
Os autores da ação alegam que solicitaram saques na plataforma nos dias 29 de agosto e 2 de setembro de 2019, mas que até agora não conseguiram reaver os bitcoins aplicados.
Com a decisão proferida pela Justiça de São Paulo, a empresa agora deverá pagar a dívida no prazo estipulado, ou estará sujeita a uma multa diária no valor de R$ 1.000 que poderá ser acumulada por até trinta dias.
Em nota, a Atlas declarou que “quando notificado, se manifestará nos autos do processo”. E afirmou que a empresa “está trabalhando para resolver” a questão dos saques “o mais breve possível”.
Crise na Atlas
A Atlas Quantum oferecia investimentos em bitcoin, mas foi proibida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de fazer oferta pública de investimentos e viu um aumento no volume de solicitações de saque na plataforma desde então.
A empresa não conseguiu atender os pedidos no prazo D+1 estipulado nos termos de uso, no qual os clientes recebiam os saques em até 48 horas, e estendeu o prazo para até cinco dias (D+4), e depois para D+30.
Os clientes temem que a Atlas não tenha dinheiro para pagá-los, e começaram a acionar a Justiça em ações contra a empresa.
Na quarta-feira (11), foi aprovado um requerimento de audiência pública do deputado Áureo Ribeiro, que visa discutir indícios de pirâmide financeira na Atlas Quantum e na Investimento Bitcoin.
Em meio à crise, a Atlas demitiu quatro de seus 11 diretores na última quinta-feira (12).