Segundo uma reportagem do UOL, Paulo Guedes, Ministro da Economia, afirmou que o Brasil está ‘quebrado’ e com “os quatro pneus furados”, em relação a dificuldade de crescimento do país.
Conforme reportado, o ministro usou esses termos como justificativa para as diversas reformas que vem propondo desde o início do ano, tal como a criação de um novo imposto sobre transações financeiras, também conhecido como CPMF, que pode incidir nas operações de compra e venda de criptomoedas quando ela envolver o uso de moeda fiduciária.
“O Brasil está quebrado, com os quatro pneus furados. Depois das reformas, temos as privatizações, que ainda estão em marcha lenta. Mas o crescimento vem sendo empurrado pelo investimento privado. O caminho do declínio a gente conhece. A gente conhece o drama do nosso irmão argentino, do nosso irmão venezuelano. Depois da quebradeira, vem a convulsão social e a fome”
Imposto afetará as criptomoedas
De acordo com a reportagem, publicada dia 6 de julho, da Folha de São Paulo, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o novo imposto pode ser entendido como uma CPMF.
O imposto, proposto pelo Governo do presidente Jair Bolsonaro será, segundo Guedes, um importo nos mesmos moldes da antiga CPMF e que “Todo mundo vai pagar. Do traficante ao Uber”.
O Ministro da Economia ainda afirmou que tudo terá uma taxa, desde os serviços de streaming como Netflix até os serviços de compartilhamento, como o Uber.
As transações com Bitcoin e criptomoedas também serão afetadas, pois, quando ‘convertidas’ para reais, envolvem uma movimentação financeira de compra e venda.
Guedes justificou a criação desse imposto dizendo que:
“O que você prefere? Bota 0,2% aí, o FHC criou [a CPMF], arrecadou tão bem. O padre pagou, o traficante pagou, porque almoçou tá lá cobrando. Então vamos ter que escolher, cair o encargo trabalhista de 20% para 10%, 15%, com o imposto sobre movimentação junto. Vamos dar essa escolha para a sociedade. Como pego o Netflix, o Uber? Assim eu pego. Podemos arrecadar R$ 100 bilhões, R$ 150 bilhões e podemos criar também 5 milhões de empregos com a diminuição do encargo trabalhista”