Clientes do Bitcoin Banco entraram com uma ação na Justiça na segunda-feira (28), pedindo a falência da empresa depois de sofrerem um calote de Cláudio Oliveira, fundador do Grupo.
No processo contra a empresa sediada no Rio Grande do Sul, estão inclusas suas exchanges subsidiárias TemBTC e NegocieCoins.
A ação foi movida por duas clientes do Grupo depois que a empresa não cumpriu o pagamento de um acordo de R$ 1,1 milhão fechado em agosto, quando a empresa foi alvo de mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça.
De acordo com o processo que tramita na 1° Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba, ao tentar descontar o cheque as vítimas descobriram que o mesmo estava sem fundos e que havia sido suspenso por roubo ou furto do talão.
Em adição, havia uma multa de R$ 200 mil no caso de descumprimento do acordo, que também não foi paga.
O advogado das vítimas, que juntas possuem investimentos no valor de R$ 1,4 milhão na empresa, classificou a conduta do Bitcoin Banco como “estelionatária” e afirmou que a questão será tratada na esfera penal.
A ação também conta com um pedido de indeferimento de um possível pedido de recuperação judicial do Grupo para não atrasar as soluções para os processos em investigação.
Investidores do Bitcoin Banco estão desde maio deste ano sem conseguir sacar seus fundos nas exchanges da empresa que alegou ter sido vítima de um golpe de R$ 50 milhões na época.
De acordo com Cláudio Oliveira, que admitiu que a empresa está sem liquidez, o problema de saques continuará sem solução até pelo menos 2020.
Recentemente, o apresentador Amaury Jr contou à revista Veja que o fundador do Grupo deve R$ 500 mil à RedeTV — fruto de outro calote dado pelo empresário.
A empresa enfrenta mais de 100 processos na justiça do Paraná.