CEO da TRON é acusado de assédio em processo milionário aberto por ex-funcionários

justin sun comprando seguidores


O fundador e CEO da criptomoeda TRON, Justin Sun, está sendo acusado de assédio e até discriminação em processo milionário aberto por dois ex-funcionários da BitTorrent, um protocolo de conexão P2P adquirido pela Fundação TRON em 2018.

A ação aberta por Lukasz Juraszek, 28, e Richard Hall, 50, busca uma indenização de US$ 15 milhões (cerca de R$ 63 milhões) do líder da TRON e seu chefe de engenharia, Cong Li, conforme reportou o Coindesk.

No documento de 70 páginas, que foi tornado público na semana passada, constam acusações de rescisão indevida, discriminação racial, ambiente de trabalho hostil, fraude e retaliação de denunciantes, assédio, sofrimento emocional e práticas desleais de emprego, incluindo violações do código trabalhista e práticas comerciais desleais.

Segundo os dois ex-funcionários, que abriram o processo em 28 de outubro de 2019 na Califórnia (EUA), eles teriam sofrido discriminações com base em sua etnia caucasiana (branca), e por terem se recusado a manter sigilo sobre suas preocupações quanto à legalidade de algumas operações da empresa.

Entre as supostas ilegalidades citadas, teriam ocorrido violações criminais, leis estaduais e nacionais sobre materiais de direitos autorais pirateados e pornografia infantil. Contudo, Sun e Li não teriam se importado em contratar advogados para revisarem as atualizações da BitTorrent e da Fundação TRON.

“Cong Li descartou sumariamente essas preocupações, afirmou que havia discutido essas preocupações com Justin Sun e que nenhuma revisão legal seria feita”, diz o processo.

Ainda de acordo com as acusações, Sun teria surpreendido Hall com xingamentos, com o objetivo de pressioná-lo a lançar rapidamente as novidades do BitTorrent.

Em outras ocasiões, segundo Juraszek, o CEO da TRON teria dado um tapa em seu chefe de engenharia que, por sua vez, já teria agredido fisicamente um gerente a quem ele supostamente tinha o hábito de atacar verbalmente pessoalmente e em conversas de grupo.

A ação afirma que Sun queria um funcionário que obedecesse sem questionar:

“O tipo de trabalhador que o réu Justin Sun procurava era um funcionário chinês continental, não se oporia quando via atividade ilegal real ou potencial […] e quem trabalhava das […] 9:00 às 21:00 diariamente, seis dias por semana, […] sem manifestar preocupações sobre atividades comerciais ilegais, antiéticas, imorais ou inescrupulosas.”

O contrato de Hall teria sido supostamente rescindido após ter se recusado a se envolver no que considerava operações “descaradamente ilegais, antiéticas e inescrupulosas”, enquanto Juraszek deu declarações semelhantes, e acrescentou que o término de seu contrato foi orquestrado por Li, como uma punição.

Em dezembro do ano passado, Sun respondeu às acusações, negando todo o conteúdo apresentado no processo e alegando que suas ações como empregador eram “não discriminatórias, não assediadoras, não retaliatórias e razoáveis, justificadas, feitas de boa fé e para fins comerciais legítimos e legais”.


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