O Facebook, a gigante das mídias sociais controlada pelo executivo-chefe e fundador Mark Zuckerberg, registrou sua primeira queda anual nos lucros, com uma baixa de 16% em 2019, para US$18,4 bilhões, enquanto lutava com as consequências de seus vários escândalos de privacidade e compartilhamento de dados.
Segundo reportagem da Forbes, em julho de 2019, o Facebook recebeu uma multa recorde de US$5 bilhões pelos órgãos reguladores dos EUA por conta das questões de privacidade.
O império do Facebook está longe de terminar, as mídias sociais da empresa incluindo o Instagram e o WhatsApp, geraram US$70 bilhões em receita no ano passado, um aumento de 27% em relação ao ano anterior.
Enquanto o Facebook planeja manter o controle sobre nossas vidas digitais em uma era mais consciente da privacidade, a companhia vem se preparando para o lançamento de sua criptomoeda ainda este ano, a Libra.
Entre altos e baixos do Facebook, um dos concorrentes da empresa, está tão confiante que pretende fazer uma conquista de fundos de bilhões de dólares ainda este ano, com base numa ICO.
A Revolution Populi, projeto liderado por um professor de Yale e os cientistas David Gelernter e Rob Rosenthal, procurará arrecadar bilhões de dólares para construir uma rede social movida pela tecnologia blockchain, que dará a privacidade de volta para as pessoas.
“Agora sabemos quais pedaços queremos manter e do que queremos nos livrar. Podemos ver as pessoas querendo algo mais unificado e a Revolution Populi atuará como uma praça pública”, declara David Gelernter.
Se for bem sucedida, a ICO de bilhões de dólares planejada pela Revolution Populi tornaria o token de negociação digital, ainda sem nome, uma das criptomoedas mais valiosas do mundo.
Atualmente, o Bitcoin possui uma capitalização de mercado total de US$170 bilhões, seguida pelo Ethereum, US$19 bilhões e o XRP da Ripple, US$10 bilhões.
Segundo o executivo-chefe da Revolution Populi, Rob Rosenthal, “para derrubar o Facebook, precisaremos de bilhões de dólares. A ICO ajudará nisso e também prevemos algumas colocações privadas”.
Além do projeto Revolution, outras empresas também estão tentando criar redes sociais descentralizadas baseadas em blockchain. A Dfinity, uma organização sem fins lucrativos da blockchain, demostrou uma rede social “aberta” chama LinkedUp, uma alternativa descentralizada do LinkedIn.
A equipe do Revolution Populi pretende divulgar mais detalhes de seus projetos antes de março. O líder do projeto, Genlernter, acredita que a tecnologia de criptomoedas e blockchain tornará sua visão uma realidade e derrubará seus inimigos.
Entretanto, muitas das ideias centrais que a Revoluntion defende, como liberdade de dados, descentralização do poder, morte do Facebook e outros gigantes do Vale do Silício, permanecem, por enquanto, apenas ideias.