A Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) teve acesso ao principal sistema de criptografia do mundo desde a Segunda Guerra Mundial, conforme reportagem do The Washington Post.
Enquanto a tecnologia blockchain investe em soluções privadas para pagamentos e mensagens, outra empresa vende acesso ao sistema de comunicação criptográfico.
A empresa suíça Crypto AG, desenvolveu soluções de comunicações criptografadas para mais de 120 países ao longo do século passado. Os governos de todo o mundo, confiaram em uma única empresa para manter em segredo as comunicações de seus soldados, diplomatas e espiões.
Entretanto, por trás da empresa a agência de espionagem alemã BND e a CIA eram os verdadeiros proprietários da Crypto AG
Segundo a reportagem, o BND vendeu sua parte para a CIA, que passou a comandar a empresa sozinha no início dos anos 90.
A CIA continuou com as operações até 2018, quando vendeu os ativos da empresa, pois o empreendimento deixou de ser necessário.
A operação Crypto é relevante para espionagem moderna. Seu alcance e duração ajudam a explicar como os EUA desenvolveram um “apetite insaciável” pela vigilância global que foi exposta em 2013 por Edward Snowden.
Edward criticou a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) e divulgou detalhes dos programas de vigilância do governo americano.
A CIA e o BND se recusaram a comentar sobre o ocorrido, embora as autoridades americanas e alemãs não tenham contestado a autenticidade dos documentos, conforme relatou o jornal.
A empresa Crypto AG gerou milhões de dólares em lucros que foram divididos e investidos em outras operações, entre a CIA e o BND.
Contudo, a tecnologia blockchain e as criptomoedas estão trabalhando para garantir a privacidade dos usuários para pagamentos e mensagens. Por exemplo, os aplicativos em blockchain.
Mesmo que haja um longo caminho até que todos consigam usar a tecnologia blockchain em nosso dia a dia, para nos aproximar desta realidade, alguns aplicativos já existem, como o Brave Browser, um navegador descentralizado.