Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou ontem (11), a pandemia de Covid-19, doença causada pelo Coronavírus, os mercados financeiros estão em crise, superando os sinais vermelhos de queda registrados até então.
Para completar, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu as viagens da Europa para os EUA por 30 dias, com o objetivo de conter a expansão da doença.
Nesta quinta-feira (12), o Bitcoin despencou 25%, chegando a ser negociado a US$ 5.678 na madrugada, o valor mais baixo desde maio de 2019.
O criptoativo, considerado uma reserva de valor, passou a ser percebido como um ativo de risco pelos players do mercado.
Junto a ele, também registraram quedas de 20 a 30% a Ethereum, XRP, Tether, Bitcoin Cash, Bitcoin SV, Litecoin, EOS, Binance Coin e Tezos.
No mercado tradicional, a B3, principal índice da bolsa de valores brasileira, paralisou as negociações duas vezes durante a manhã depois de fortes quedas.
Na primeira, às 10h22, o Ibovespa caiu 11,65% e os negócios foram paralisados por meia hora.
A segunda paralisação ocorreu às 11h12, quando o Ibovespa caiu 15,43%. Foi acionado o 2° “circuit breaker” do dia, interrompendo os negócios automaticamente por 1 hora.
Essa é a 4° vez na história da B3 que ocorrem duas paralisações na mesma sessão.
A Bolsa de Chicago (CME, na sigla em inglês) será paralisada após o fechamento do pregão amanhã, na sexta-feira (13), segundo comunicado.
Essa, que é um dos maiores centros de negociação das commodities mundiais, será a primeira bolsa dos EUA a ser fechada em decorrência do Coronavírus.
A crise nos mercados financeiros prova o impacto da tensão global em decorrência do Coronavírus, fato que chegou a ser motivo de questionamento quando a doença começou a se expandir.
O bitcoin sofreu uma leve correção positiva até a publicação desta matéria, sendo negociado a US$ 6.038, ou R$ 31.499 no Brasil.