Para conter o avanço do coronavírus, o governo brasileiro vai rastrear a localização dos usuários das principais companhias de telefonia do Brasil, como Claro, Oi, Tim, Vivo e Algar.
Em anúncio do Sinditelebrail, que representa as operadoras, foi confirmada parceria que passa a fornecer dados sobre a posição dos usuários do Brasil ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que pode passar as informações a todas as esferas do poder público.
Por meio dos dados de geolocalização, o MCTIC poderá acompanhar o isolamento da população e possíveis aglomerações.
As informações serão transmitidas das operadoras para a nuvem pública, onde serão agregados e anonimizados para evitar que as pessoas sejam identificadas, conforme as orientações do Marco Civil da Internet e da Lei Geral de Proteção de Dados.
De acordo com o comunicado, a medida que já havia sido implementada de maneira experimental em cidades como Recife, São Paulo e Rio de Janeiro, será limitada ao combate do COVID-19.
Em adição, as operadoras contribuirão também com o desenvolvimento de aplicativos e casos de uso para ajudar o governo a mapear a pandemia no Brasil.
O país, no entanto, não é o primeiro a adotar a prática. Na Coréia do Sul, a medida é usada para rastrear pessoas que passaram perto de alguém diagnosticado com coronavírus, e as notifica com uma mensagem.
Assim, esses cidadãos podem fazer o teste, consequentemente reduzindo o número de casos assintomáticos desconhecidos, e contribuindo para o controle da expansão da doença.