Exclusivo: Diretor da Unick Forex desviou dinheiro estando em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, diz documento

Segundo informações exclusivas enviadas para o Criptonizando, o Diretor Jurídico da Unick Forex e dono da S.A Capital, Fernando Marques Lusvarghi, estaria desviando dinheiro mesmo em prisão domiciliar e com tornozeleira eletrônica.

De acordo com documento judicial, Lusvarghi “praticou atos de dissipação patrimonial em dezembro de 2019, mesmo depois da segregação domiciliar”.

A dissipação patrimonial é definida pela atitude do réu de se desfazer dos seus bens para não pagar uma dívida. Muitas vezes é usado como um meio de evitar uma penhora.

Em outras palavras, Lusvarghi estaria tentando impedir que as autoridades tivessem acesso ao seu patrimônio.

O texto argumenta contra uma possível libertação de Lusvarghi menciona os quase 30 dias em que o diretor da Unick permaneceu foragido, “embora ciente da expedição de mandados de prisão temporária e prisão preventiva em seu desfavor”, só posteriormente se apresentando em juízo para instalação da tornozeleira eletrônica.

Em adição, aponta que Lusvarghi “possui uma posição de destaque na organização criminosa denunciada, coordenando atividades e tendo amplo conhecimento acerca das estratégias de dissimulação de valores captados”.

Sendo assim, o processo que trata de crimes contra o sistema financeiro nacional e crimes previstos na legislação extravagante ressalta:

“Acaso em liberdade, há concentro risco de que venha a praticar atos tendentes a prejudicar as investigações em curso, bem com prosseguir na prática de atos de lavagem de dinheiro.”

Para sustentar o argumento, é dito:

“Os documentos juntados pela embargante evidenciam que FERNANDO LUSVARGHI praticou atos de dissipação patrimonial em dezembro de 2019, portanto mesmo depois da segregação domiciliar, com monitoramento eletrônico (22/11/2019) (e. 1, CONTR4, daqueles autos)”.

Exclusivo: Diretor da Unick Forex desviou dinheiro estando em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, diz documento

Lusvarghi se entregou às autoridades em 22 de novembro de 2019, depois de ter a sua prisão decretada em 14 de outubro. O crime de desvio de dinheiro, segundo o documento, só aconteceu no mês seguinte.

Ainda em outubro de 2019, a Polícia Federal descobriu por meio de interceptação telefônica, que Lusvarghi havia colocado “seus bens e participações em empresas em nome de terceiros, em especial no de sua esposa, Isabel Cristina do Prado Lusvarghi“.

O diretor da Unick está proibido de ter contato com os outros acusados da suposta pirâmide financeira por qualquer meio.

Contudo, investigadores suspeitam que a live no Youtube anunciada por ele que acontecerá hoje, 29 de abril, para divulgar novos projetos, possa ser um meio de fazer contato com os outros líderes da organização.

A Unick estava desde 2018 captando clientes e ofertando investimentos no mercado financeiro com promessas de rendimentos de até 4% ao dia, até que suas operações foram interrompidas pela Polícia Federal, por meio da Operação Lamanai.

Disclaimer
As informações contidas neste artigo são de caráter informativo e refletem a opinião do autor. Não constituem aconselhamento financeiro, jurídico ou de investimento. O mercado de criptomoedas é volátil e envolve riscos. Faça sua própria pesquisa antes de tomar qualquer decisão.

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