O investidor americano Bill Ackman, realizou a proeza de completar o que foi chamado em publicação do New York Times de “melhor trade de todos os tempos”, ao lucrar 2.6 bilhões com uma única aposta no impacto do coronavírus.
Ackman, que é CEO da gestora de fundos de hedge Pershing Capital Square Management, aproveitou a oportunidade ao perceber o impacto que a pandemia do Covid-19 teria no mercado de ações, e montou um hedge de US$27 milhões em fevereiro.
O CEO investiu o valor em papéis de proteção contra calote (chamados de credit default swaps, ou CDS) de ativos com grau de investimento e índices de proteção contra calote de alto rendimento.
“Acreditávamos que nosso programa de proteção provavelmente seria eficaz porque, à medida que os spreads nos índices aumentassem, nosso CDS se tornaria muito mais valioso.”
Em 23 de março o hedge foi retirado, pegando o mercado de ações perto do fundo e lucrando US$2.6 bilhões (cerca de R$14,5 bilhões) em menos de um mês.
Durante um recente podcast no Knowledge Project, Ackman contou qual foi o raciocínio por trás da decisão de retirar o hedge, considerando que o valor poderia continuar subindo:
“Dissemos: Você sabe temos uma posição massiva … que talvez tenha o potencial de dobrar se os spreads de crédito aumentarem para onde estavam durante a crise financeira. Mas se não o fizerem, e o governo tomar as medidas certas, esse hedge poderá valer zero e o mercado de ações poderá voltar aonde estava. Então tomamos a decisão de sair.”
Na época, o governo começou a levar mais a sério a dimensão do risco da pandemia do coronavírus, e o presidente Donald Trump passou a realizar coletivas de imprensa diárias com sua equipe.
O investidor agora começou a comprar ações:
“Tornamo-nos cada vez mais positivos em ações e no mercado de crédito na semana passada e iniciamos o processo de desposicionar posições de baixa e redistribuir capital para empresas de que gostamos a um preço de banana”.