Em reportagem da Record, no programa Domingo Espetacular, a empresa GenBit é acusada de pirâmide financeira e responsável por destruir sonhos dos clientes.
Cerca de 45 mil investidores estão sendo prejudicados pelo esquema bilionário, conforme reportagem que acusa o presidente da Genbit, Nivaldo Gonzaga, de comprar jatinhos com o dinheiro dos clientes.
O programa ressalta as viagens pelo mundo, a vida de muito luxo e ostentação do presidente da suposta pirâmide com criptomoedas.
A GenBit prometia rendimentos de 5% até 15% nos investimentos, aponta a matéria.
Nivaldo Gonzaga fazia eventos para incentivar os clientes a trazerem mais investidores para o esquema, e quem indicava outra pessoa ganhava um bônus de R$2.500.
Em um dos vídeos divulgados pela Record, Nivaldo aparecendo dizendo que a empresa “é nossa, é da sua família”, fazendo com que acreditassem na GenBit, com suas promessas de mudança para o país.
Segundo uma das vítimas que não quis se identificar, nos primeiros meses não queria acreditar que tinha sido um golpe.
A empresa e seus sócios atuaram por cerca de dois anos. Em 2018 a empresa atendia pelo nome Gensa Serviços Digitais (Grupo Tree Part), que controlava a exchange GenBit.
O esquema com sede em Campinas-SP, dizia vender pacotes de investimento com criptomoedas.
A reportagem afirma que Nivaldo Gonzaga e a família sumiram do condomínio de luxo onde moravam, em Valinhos (SP) e que o escritório em Campinas já está completamente vazio.
O cliente que sofreu com o golpe afirma que “eles fizeram uma lavagem cerebral” nas cabeças dos investidores.
A empresa passou a ser investigada pela Polícia de Campinas, o delegado apontou crimes como lavagem de dinheiro, estelionato, formação de organização criminosa e crime contra o sistema financeiro.
O Ministério Público de São Paulo afirma que o grupo é especializado com envolvimento de empresas estrangeiras, “cujo objetivo, é apenas retardar ao máximo a devolução dos valores captados dos investidores enganados”.
A Record citou a ação civil pública aberta pelo Ministério Público, onde determina o bloqueio de R$800 milhões da empresa, mas as contas bancárias dos suspeitos estavam praticamente vazias.
Segundo a emissora, peritos querem saber onde estão os jatinhos comprados e se eles transferiram dinheiro para conta no exterior, com o objetivo de evitar ressarcir os clientes.
O advogado da GenBit nega o esquema de pirâmide e diz que todos os clientes receberam pagamentos da moeda digital da GenBit, o Treep Token (TPK), que não possui valor no mercado.