Mesmo com o pânico seguido pela crise causada pela pandemia do novo coronavírus, o semestre foi positivo para o bitcoin, sendo considerado um dos ativos com os melhores rendimentos do mundo. Contudo, os fundos de criptomoedas foram capazes de superar o desempenho da principal criptomoeda do mercado graças às diferentes exposições e formas de investimentos.
Conforme reportou o MoneyTimes, durante o primeiro semestre de 2020, o bitcoin valorizou 27%, mas devido às diferentes estratégias e das carteiras com pesos diferentes investidos nos ativos digitais, os fundos com exposição à criptoativos tiveram desempenhos que variaram de 8% até 85% de alta.
Essa tem se mostrado uma boa opção para investidores tradicionais que ainda têm receio da exposição direta aos ativos digitais, pois parte do portfólio é investido em renda fixa, oferecendo maior segurança.
Um bom exemplo disso é o fundo Discovery, da gestora Hashdex, que possui exposição de apenas 20% às criptomoedas, por meio do do índice HDAI (Hashdex Digital Assets Index), lançado pela própria gestora e distribuído na bolsa americana Nasdaq. Os outros 80% são investidos em renda fixa (títulos públicos atrelados ao CDI).
Com investimento mínimo de R$ 500 e taxa de administração de 1% ao ano, sem taxa de performance, o Discovery recentemente foi listado na XP Investimentos e é considerado o mais acessível no Brasil atualmente, com ganhos de 14,02% no primeiro semestre de 2020, batendo o Ibovespa, que caiu 17,8% no mesmo período.
Já o fundo Explorer, para investidores qualificados, têm 40% de exposição aos ativos digitais e registrou uma valorização de 27,38%, enquanto o Voyager, voltado para investidores profissionais e 100% de exposição, subiu 63% no primeiro semestre.
Por meio da gestora brasileira Transfer Wiss, é possível investir diretamente no exterior, enviando o dinheiro para a Suíça, sede da empresa que também oferece três opções de fundos.
Em primeiro está o Conservative, que faz arbitragem de Bitcoin, com alta de 15,64% no semestre no par BTC / real. Em seguida, o Advanced, fundo que usa bots e modelos estatísticos para identificar tendências, com valorização de 51,36%. Já o Counter Cyclical, um fundo passivo que investe 75% em ouro e 25% em Bitcoin, registrou uma alta de 64,99%.
A gestora BLP teve o melhor desempenho no primeiro semestre, com ganhos de 85% no fundo BLP Crypto Assets FIM, voltado a investidores profissionais, com exposição de 100% em criptomoedas.
Já o fundo BLP Criptoativos, com 20% de exposição e voltado ao varejo, subiu quase 16%.
No caso da BLP, a gestão da composição dos fundos é ativa e feita através do Genesis Block Fund, que investe 80% nas grandes criptomoedas e 20% em projetos menores ou ICOs.
Por fim, há também o fundo VTR QR Criptomoedas, da gestora QR e disponível pela Vitreo, com duas versões de investimentos: o Fundo Master, que aloca 100% dos ativos no exterior e restrito a investidores qualificados, e o Fundo Light, com exposição de 20% e voltado ao varejo.
Contudo, ambas são opções muito recentes, portanto, não há informações sobre o desempenho de ambos, aponta a matéria.