Com a pandemia do COVID-19 que afeta diretamente a economia, muitas empresas estão solicitando um auxílio do governo para não falir. Um empresário conseguiu R$ 71 milhões para pagar seus funcionários, mas preferiu comprar uma Lamborghini.
David Tyler Hines, 29 anos, foi acusado de fraude bancária por mentir em pedidos de empréstimo e gastar a quantia milionária em itens de luxo em Miami Beach, na Flórida (EUA).
De acordo com informações fornecidas pelo Departamento de Justiça na semana passada, Hines solicitou cerca de US$ 13,5 milhões (71,8 milhões de reais) do programa Paycheck Protection Program criado em março deste ano pelo congresso para ajudar pequenas empresas a pagar os funcionários durante a pandemia.
O homem alegou nos pedidos que era o gerente ou presidente de quatro empresas diferentes sediadas em Miami, onde disse que empregava 70 pessoas com despesas salariais mensais de R$ 21,3 milhões (US$ 4 milhões).
Funcionários sequer existiam
Segundo as denúncias, nos dias e semanas após o recebimento do auxílio, o empresário não efetuou depósitos para os supostos funcionários da folha de pagamentos que reivindicou em seus pedidos ao governo Trump.
O que aconteceu é que Hines, por outro lado, comprou uma Lamborghini Huracan 2020 por aproximadamente R$ 1.7 milhão e a registrou em seu nome e no nome de uma das empresas, além de gastar com roupas, joias, resorts na praia e até em sites de namoro, disseram os promotores.
De acordo com os investigadores, o estado da Flórida não tinha registro de nenhum salário pago aos funcionários de nenhuma das empresas de Hines entre 2015 e o primeiro trimestre de 2020.
Além de acusação de fraude bancária, Hines também enfrenta acusações de contagem de declarações falsas para uma instituição financeira e contagem de transações em produtos ilegais.
O homem foi preso e as autoridades apreenderam o carro esportivo, assim como R$ 18 milhões (US$3,4 milhões) em contas bancárias do golpista.