Graham Ivan Clark, o adolescente de 17 anos da Flórida que foi preso na semana passada acusado de ser a mente por trás do maior ataque ao Twitter, tem R$ 18 milhões em Bitcoin (BTC).
Conforme reportou o The Block, de acordo com informações divulgadas pelo advogado David Weisbrod durante uma audiência no último sábado (01), Clark tem 300 BTC, cerca de R$ 18 milhões na cotação nesta terça-feira (04) no momento da redação.
O hacker enfrenta 30 acusações criminais por promover um golpe usando bitcoin na rede social cofundada pelo empresário e desenvolvedor Jack Dorsey.
Durante a fraude orquestrada por Clark, segundo as acusações, perfis de celebridades no Twitter, como Elon Musk, Bill Gates, Barack Obama e outros, publicaram a mesma mensagem em 15 de julho: “envie Bitcoin e te enviarei de volta o dobro do seu dinheiro”.
Mason John Sheppard (“Chaewon”), 19, do Reino Unido; e Nima Fazeli (“Rolex”), 22, de Orlando, Flórida, são acusados de ajudar no ataque que consistiu em diversas violações técnicas e enganharia social.
Em resposta ao advogado do hacker recém formado no ensino médio, os promotores no caso disseram que os 300 BTC de Clarke devem ter sido obtidos ilegalmente, devido à sua “conduta”, referindo-se ao hack no Twitter.
No entanto, Weisbrod negou o argumento e disse que Clark foi alvo de uma investigação criminal em 2019, quando promotores apreenderam cerca de US$ 15 mil em dinheiro e 400 bitcoins do adolescente.
Na época, segundo o advogado, Clark teria recebido de volta 300 BTC depois que os promotores se recusaram a acusá-lo de algum crime.
Weisbrod por sua vez classificou a atitude como algo que legitima os bitcoins do hacker, embora não tenha sido explicado o motivo de as autoridades não devolverem todos os BTC do hacker.
“Não consigo pensar em maio indicação de legitimidade do que a aplicação da lei devolvendo o dinheiro”, disse.
Durante a audiência, foi definida uma fiança de US$725 mil para o mentor do ataque – valor muito superior ao que teria sido roubado ao enganar os usuários na rede social: cerca de US$180 mil, segundo o The New York Times.
Contudo, de acordo com a lei do estado da Flórida, os promotores aceitariam 10% da fiança estabelecida, equivalente a US$72.500, para libertar o adolescente enquanto aguarda julgamento.
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