Adesão da Convenção sobre crime cibernético pode dificultar as transações em bitcoin no Brasil

O Brasil vai aderir à Convenção Internacional sobre Crime Cibernético e consequentemente dificulta as transações feitas com bitcoin e criptomoedas.

O processo de adesão às normas da Convenção começou a ser desenhado em 2019 pelo Brasil, conforme reportagem do Cointelegraph.

Desde o momento quando o Brasil foi convidado a aderir ao documento, o Ministério Público tem buscado acelerar a aprovação da adesão. 

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF) haverá uma cooperação internacional para combater crimes cibernéticos e também formas de financiamento, como bitcoin e outras criptomoedas.

“Essa Convenção é o único instrumento internacional sobre crimes cibernéticos e provas eletrônicas. O novo protocolo irá moldar a forma da investigação e cooperação internacional nessa área por muitos anos e há todo o interesse do MPF em poder utilizar desde logo as ferramentas já existentes para a eficiência da investigação criminal, bem como influenciar no formato das novas formas de cooperação”, segundo o documento.

O Ministério Público declara que desde a criação do grupo de atuação especializada neste tipo de crime, em 2003, teve um aumento exponencial na quantidade e sofisticação no cometimento dos delitos cibernéticos.

A adesão às normas da Convenção destaca que a regulamentação com relação às transações com criptomoedas deve ser ‘intensificado’ no país.

Segundo o relatório da Convenção, as criptomoedas facilitam e financiam o crime cibernético.

“(…) as criptomoedas continuam a facilitar o crime cibernético, hackers e fraudadores, e incentiva a aplicação da lei a continuar a desenvolver, compartilhar e propagar conhecimento sobre como reconhecer, rastrear, e recuperar ativos de criptomoedas”, destaca um dos relatórios da Convenção.

Segundo os responsáveis pela Convenção, as criptomoedas fornecem anonimato aos seus usuários protegendo os compradores e fornecedores.

Além das medidas da IN1888 que pede o compartilhamento pelas exchanges, de todas as transações de seus usuários a Receita Federal, novas medidas podem ser adotadas pelo Ministério Público.

A criação Sisbajud, sistema que ficará a cargo do Conselho Nacional de Justiça pode também ser incorporado nesta estratégia.

O SisbaJud vai substituir o atual Bacenjud, com a possibilidade de incorporar Bitcoin e criptomoedas para que seja possível determinar seu bloqueio judicial nas empresas nacionais.

Disclaimer
As informações contidas neste artigo são de caráter informativo e refletem a opinião do autor. Não constituem aconselhamento financeiro, jurídico ou de investimento. O mercado de criptomoedas é volátil e envolve riscos. Faça sua própria pesquisa antes de tomar qualquer decisão.

Artigos relacionados

Bitcoin atinge ATH acima de US$ 79.000, mas CEO da CryptoQuant prevê quedas para o final de 2024
icon novembro 20, 2024

BlackRock deve apoiar adoção do Bitcoin pelos EUA, afirma executivo

Escrito por João Victor
República na Rússia enfrenta crise energética com fazendas de Bitcoin escondidas em cavernas
icon novembro 21, 2024

Rússia proíbe mineração durante o inverno em algumas regiões

Escrito por João Victor
Binance
icon novembro 21, 2024

Países vão imprimir dinheiro para comprar bitcoin, afirma fundador da Binance

Escrito por João Victor