Os planos do Banco Central (BC) para a criação de uma moeda digital com apoio do governo avançaram nesta quinta-feira (20).
O BC anunciou a criação de um grupo de estudos para discutir a possível emissão de uma CBDC (moeda digital emitida por banco central) no Brasil.
Um dos objetivos do grupo é propor um modelo de emissão, com identificação de riscos, segurança e proteção de dados, informou BC em nota.
O banco afirma que a moeda digital pode “ser uma possibilidade para aprimorar o modelo vigente das transações comerciais entre as pessoas e mesmo entre países”, conforme apontou O Globo.
A autoridade monetária ressaltou que a moeda não faria concorrência ao real e seria uma nova forma de representação da atual moeda, com garantia do governo, diferente das criptomoedas, como o Bitcoin (BTC).
“O BC pretende investigar os alcances de uma CBDC, assim como os benefícios para a sociedade, considerando as especificidades e os desafios do contexto nacional”, informou.
Os impactos de uma moeda digital na inclusão e na estabilidade financeira do país, além de possíveis efeitos na política monetária e econômica também deverão ser estudados pelo grupo do BC.
PIX
De acordo com o Banco Central, a iniciativa também deve avaliar “como uma moeda eletrônica pode trazer benefícios complementares aos que estão sendo introduzidos com a implantação do Pix”, o sistema de pagamentos instantâneos, que começa a funcionar em 16 de novembro.
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, disse em uma transmissão ao vivo sobre o Pix nesta quinta-feira (20), que o órgão enxerga um “mundo mais digitalizado, inclusive com uma moeda digital”.
“Nós vemos daqui para frente a união de uma forma de pagamento instantânea e aberta, interoperável, com sistema de dados aberto, junto com uma moeda que tem que ser aperfeiçoada”, disse. “A gente tem um projeto de simplificação dos processos de fechamento de câmbio que vão culminar em uma moeda conversível. Lá na frente a gente enxerga um mundo mais digitalizado, inclusive com uma moeda digital.”