Na Suíça, o cantão de Zug, onde se concentram fundos de hedge, empresas de criptomoedas e traders de commodities, anunciou na quinta-feira (04) que passará a aceitar Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) para o pagamento de impostos.
Com a novidade trazida pelo Departamento de Finanças, em colaboração com a Bitcoin Suisse, pioneira na região que se autodenomina Crypto Valley (Vale das Criptomoedas) da Suíça, Zug confirma “seu papel como pioneiro no espaço da tecnologia blockchain”, diz o comunicado.
O objetivo, segundo Heinz Tännler, diretor financeiro do cantão, é “promover e simplificar ainda mais o uso de criptomoedas na vida cotidiana”.
A iniciativa torna Zug o primeiro cantão do país a permitir o pagamento de tributos com criptoativos.
Agora, os cidadãos poderão pagar seus impostos individuais e corporativos no valor de até 100.000 francos suíços (R$ 577.935 mil) utilizando BTC e ETH.
Para evitar a volatilidade das taxas de câmbio, no entanto, o Departamento de Finanças usará a parceria com a Bitcoin Suisse para converter as moedas.
“A combinação de tecnologia de negociação e transações de pagamento com criptomoedas permite-nos fornecer uma boa experiência de usuário para o contribuinte e oferecer um serviço comprovado ao Cantão de Zug”, diz Arthur Vayloyan, CEO da Bitcoin Suisse.
Tännler acrescenta que Zug não corre “nenhum risco com este novo método de pagamento”, pois o valor é sempre recebido em francos suíços, “mesmo que o pagamento seja feito em Bitcoin ou Ether”.
A região conhecida por seus baixos impostos corporativos, tem aceitado pagamentos em Bitcoin para certos serviços do governo desde 2016, aponta a Bloomberg, e inspirou a estação de esqui de Zermatt a seguir o exemplo.
Devido à regulamentação favorável e atitude positiva da Suíça em relação às moedas digitais, empresas de criptomoedas ganharam força no país.
Contudo, até o momento, os principais bancos do país europeu, junto com seus pares globais, têm evitado oferecer serviços baseados em blockchain para clientes, diante da alta volatilidade e as preocupações com a segurança que ultrapassam as explosões de negociações recentemente.