A liberação de 3 usinas elétricas do Irã para mineração de Bitcoin (BTC) e outras criptomoedas foi anunciada pela Thermal Power Plant Holding Company (TPPH), responsável pelas atividades governamentais do país no campo da geração de energia térmica.
Em julho, o país legalizou oficialmente a mineração de criptoativos para entidades aprovadas para uma licença do Ministério da Indústria, Minas e Comércio do País.
Conforme reportou a mídia local, a TPPH está tentando entrar nesse setor, e deverá cumprir as tarifas específicas estabelecidas para a prática no Irã.
O diretor da companhia, Mohsen Tarztalab, comunicou o acesso de mineradores de criptomoedas a instalações produtoras de energia elétrica, declarando que:
“O equipamento necessário foi instalado em três usinas de Ramin, Neka e Shahid Montazeri, e os documentos do leilão serão carregados no site SetadIran.ir em um futuro próximo.”
Segundo Tarztalab, vender eletricidade para mineradores de BTC trará uma nova fonte de receita para a empresa.
A criação de novas fontes estáveis de renda tem sido um dos objetivos da indústria de eletricidade do Irã nos últimos anos, ressalta o diretor da TPPH.
Ele afirma que “os aumentos constantes de preços e a obrigação de fornecer eletricidade a preços estáveis aos assinantes causaram uma grande lacuna entre receitas e despesas”.
A adoção do Bitcoin pelo Irã acontece em um momento em que o país lida com uma economia em péssimo estado.
As sanções dos EUA, principalmente na área de energia derrubaram a economia iraniana, e embora o país seja um dos maiores produtores de hidrocarbonetos do mundo, agora enfrenta dificuldades para exportar o petróleo e seus derivados.
No entanto, a receita proveniente da mineração de BTC pode ajudar a levantar o país.
O diretor da TPPH quer que o projeto seja sustentável. Por esta razão, os mineradores só poderão usar turbinas adicionais que usam gás natural e não petróleo.