150 empresas já solicitaram inclusão em registro para minerar criptomoedas na Rússia

A Rússia implementou um conjunto de regras para regulamentar o setor de mineração de criptomoedas no país. Entre as novidades está a criação de um registro obrigatório para empresas e empreendedores individuais envolvidos na mineração, gerido pelo Serviço Federal de Impostos (FNS).

Até o momento, 150 solicitações foram enviadas para inclusão no registro, segundo o chefe do FNS, Daniil Egorov. Ele apontou que o processo de implementação está em fase inicial, com cautela para evitar complicações em um mercado que ele descreve como “complexo e multifacetado”.

Todos precisam dessa licença?

As novas diretrizes permitem que empresas, empreendedores e pessoas físicas realizem a mineração de forma legal, desde que cumpram certos requisitos.

No entanto, há distinções nas obrigações: enquanto empresas e empreendedores precisam se registrar no novo repositório, indivíduos que mineram em pequena escala, com consumo elétrico abaixo de 6.000 kWh por mês, estão isentos dessa exigência.

Atividade de mineração não será permitida em toda a Rússia

A medida também trouxe atenção para o impacto da mineração no sistema energético do país. Egorov destacou que algumas regiões enfrentam limitações de energia, o que pode levar a restrições ou proibições da atividade em áreas com infraestrutura insuficiente.

Em alguns casos, operações de mineração têm recorrido à geração de energia a partir de gás natural para contornar os gargalos da rede elétrica.

Apesar disso, a mineração de criptomoedas já se consolidou na Rússia. Para exemplificar, as maiores empresas do setor no país faturaram mais de 20 bilhões de rublos em 2023. Além disso, a região ocupa a segunda posição global em capacidade computacional dedicada à mineração, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.