Justiça declara falência de uma das maiores fraudes financeiras do Brasil; Empresa deve para mais de um milhão de pessoas

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A Ympactus Comercial Ltda. ME, empresa por trás da Telexfree, teve sua falência decretada pela Justiça de Vitória (ES) na última segunda-feira (9).

Considerada uma das maiores fraudes do Brasil, a Telexfree, que operava um esquema de pirâmide financeira, deve mais de R$ 2 bilhões a mais de 1 milhão de credores, de acordo com o G1.

A empresa captava clientes através da venda de pacotes de telefonia móvel sem ter sequer autorização da Anatel para atuar no setor.

O pedido de decretação de falência proferido pela juíza Trícia Navarro, da 1° Vara Cível de Vitória foi feito por um dos credores.

O cliente acionou a Justiça para receber mais de R$ 50 mil da empresa que declarou ser incapaz de pagar a dívida e não se opôs ao pedido.

Uma empresa de São Paulo foi nomeada para atuar no caso como administrador judicial no caso, e ficará responsável pela arrecadação de bens e documentos da empresa, segundo a reportagem.

Os sócios administradores da Telexfree, por sua vez, deverão apresentar a relação nominal dos credores.

Além disso, também foi determinada a suspensão de todas as ações ou execuções que estavam em andamento contra a empresa, mas com algumas ressalvas previstas em lei.

Embora a empresa já tenha encerrado suas atividades, também consta a lacração da empresa por determinação da Justiça.

Segundo a reportagem, a decisão foi comunicada a órgãos como o Banco Central, Bolsa de Valores, Banco do Brasil, Caixa Econômica, cartórios e Secretaria da Fazenda de Vitória.

Navarro também destaca que qualquer indício de crime praticado pelos sócios poderá resultar em prisão preventiva.

Depois de publicada a íntegra da decisão, os credores poderão apresentar suas habilitações e divergências.

Telextree

Com a venda de pacotes de telefonia móvel, a Telexfree operava entre 2012/2013 uma pirâmide financeira por meio de um sistema de venda direta remunerada.

Nele, o interessado precisava pagar uma taxa de adesão de US$ 50 para se tornar um ‘divulgador’. Depois, tinha que revender seus pacotes para outros usuários interessados e estimulá-los a fazer o mesmo, entrando no esquema.

A empresa conta com mais de 11 mil ações civis movidas por particulares, 3 ações de natureza tributária, 15 ações penais e uma ação civil pública.

Os donos da empresa já foram denunciados por crimes como lavagem de dinheiro e evasão de dívidas.

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