As coisas parecem estar cada vez piores para o Facebook, e o Telegram pode ter entrado nessa maré de azar.
Nesta sexta-feira (11), enquanto as gigantes Visa, Mastercard, eBay e Stripe deixavam a Associação Libra, a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos Estados Unidos paralisou a oferta do token Gram, que deveria ser lançado no final do mês.
Por que desistiram do projeto?
No caso do Facebook, a desistência por parte das empresas seguiu a decisão que o Paypal tomou na semana passada, de deixar a Associação Libra, e pode ter a ver com senadores dos EUA.
Na última terça-feira (8), os senadores seniores Brian Schatz e Sherrod Brown escreveram cartas aos CEOs da Mastercard, Visa e Stripe onde compartilharam suas “profundas preocupações” sobre a Libra.
Na carta, os senadores disseram que questões importantes sobre os riscos colocados por este projeto “permanecem sem respostas”.
Eles pediram para que as empresas considerassem como elas seriam capazes de lidar com os riscos antes de seguirem com o projeto, já que o Facebook ainda não conseguiu provar para o Congresso americano ou para reguladores “que está levando esses riscos a sério”.
Outro ponto importante, é que na próxima segunda-feira (14), a Associação Libra quer que os membros fundadores se comprometam formalmente com o projeto através de um contrato.
Telegram proibido de ofertar token
A SEC garantiu, na última sexta-feira (11), uma ordem de restrição de emergência contra o Telegram e sua subsidiária TON por sua venda de tokens de US$ 1,7 bilhão.
Agora, o Telegram está impedido de vender ou distribuir seus tokens GRAM nos Estados Unidos. O lançamento da criptomoeda deveria acontecer no dia 31 de outubro.
Na denúncia, o órgão americano alegou que a oferta ou venda do token do Telegram não foram registradas.
Portanto, o objetivo da ordem de restrição é impedir que a empresa “inunde os mercados dos EUA com tokens digitais que alegadamente foram vendidos ilegalmente”, segundo a co-diretora da Divisão de Execução da SEC, Stephanie Avakian.
“Declaramos repetidamente que os emissores não podem evitar as leis federais de valores mobiliários apenas rotulando seu produto como uma criptomoeda ou um token digital”, disse o co-diretor Steven Peikin.
Segundo ele, o Telegram busca obter os benefícios de uma oferta pública sem cumprir as responsabilidades de divulgação estabelecidas há muito tempo, projetadas para proteger o público investidor.