Durante o lançamento oficial da logomarca e identidade visual do sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil nesta quarta-feira (19), Roberto Campos Neto, presidente da instituição, revelou que o PIX, como é chamado, é uma resposta ao Bitcoin, e deu detalhes sobre a nova ferramenta.
Neto argumentou que é do Bitcoin e das criptomoedas que nascem as necessidades de “um instrumento de pagamento que seja barato, rápido, transparente e seguro”.
“O PIX é a nossa resposta a estes sistemas”, afirma, ressaltando que o projeto é um dos mais importantes de 2020. “Vai ser uma transformação total no sistema financeiro do país”, acrescentou.
Até 16 de novembro deste ano o PIX deve ser incorporado ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), e a expectativa é que este seja o fim das operações de transferência entre instituições bancárias por meio de TED e DOC, e até mesmo de meios físicos, como papel-moeda e cartões de crédito em plástico.
Isso porque todas as transações realizadas no novo sistema serão instantâneas, com confirmação em apenas 2 segundos. Além disso, o PIX funcionará 24 horas por dia, todos os dias do ano.
O modo em que as transferências ocorrerão também ficou mais moderno, necessitando apenas de um QR Code ou usando uma chave de endereçamento, como o CPF, e-mail ou número de celular.
De acordo com João Manoel Pinho de Mello, Diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC:
“O PIX é um ecossistema do Banco Central do Brasil que vai conectar agentes privados em uma única rede. Nós vamos prover a rede que irá conectar fintechs, com bancos e instituições financeiras. Este é o principal projeto do Banco Central do Brasil para este ano. Queremos prover uma infraestrutura neutra, eficiente e com custo baixo para gerar competição e serviços financeiros mais baratos para os usuários finais.”
Segundo Mello, o objetivo é “aumentar a competição do mercado, incluir mais pessoas na economia, facilitar as transações e diminuir os custos de todo o processo”.
Outra vantagem do PIX é o maior controle sobre o uso do dinheiro, o que pode ajudar na prevenção de lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo, destacou.