Antes mesmo da pandemia do novo coronavírus, a Argentina já enfrentava uma forte crise econômica, ecom a piora deste cenário, a população está recorrendo ao bitcoin.
O volume de compras da principal criptomoeda do mercado por meio do Peso Argentino atingiu um recorde histórico na LocalBitcoins em abril, e os dados refletem a resposta dos cidadãos à inflação e outros problemas enfrentados pelo país.
Ainda em dezembro de 2019, o presidente Alberto Fernández promulgou um pacote de medidas econômicas e fiscais emergencial para resgatar o país de uma crise semelhante à de 2001.
O objetivo era “atender às necessidades dos setores mais vulneráveis e colocar todos os esforços para recuperar a demanda agregada e impulsionar o crescimento”, segundo Alejandro Vanoli, chefe da Administração de Seguridade Social (Anses) na época.
Contudo, a moeda local segue desvalorizando em meio a bloqueios provocados pela pandemia, e os argentinos estão gastando cada vez mais pesos na compra de Bitcoin, segundo informações fornecidas pelo recurso de análise de criptomoeda Arcane Research.
Os dados mostram que o volume semanal de pesos argentinos na plataforma de compra e venda de BTC, LocalBitcoins, aumentou mais de 1.000% desde o início de 2018.
Durante o mesmo período, houve uma desvalorização de 70% no peso em comparação com o dólar americano, por exemplo, o que revela que os argentinos precisaram gastar muito mais dinheiro para comprar o criptoativo, conforme apontou o CryptoPotato.
Enquanto isso, o volume de bitcoins aumentou 407% nesse período. Já o dólar, viu uma alta de 139%.
As famosas exchanges Huobi e Binance viram na crise uma oportunidade, e expandiram seus negócios na Argentina.
A Huobi adicionou um gateway fiduciário para Bitcoin e Tether (USDT) para sua filial no país, enquanto a Binance lançou uma plataforma própria de gateway fiat, chamada Latamex, e passou a atender clientes na Argentina e no Brasil.