A briga entre os sócios de uma das maiores fabricantes de equipamentos de mineração de bitcoin do mundo, a Bitmain, teve mais um episódio na quarta-feira (4), quando o cofundador Micree Ketuan Zhan invadiu o escritório da companhia com o seu próprio exército.
A situação que se tornou uma verdadeira “guerra dos tronos” (Game of Thrones), se deu pela controvérsia em torno da liderança da empresa.
Contudo, o desentendimento tomou novas proporções quando Ketuan contratou um exército de seguranças particulares para invadir à força bruta os escritórios da empresa em Pequim, na China.
Vídeo
De acordo com Dovey Wan, fundadora da Primitive Ventures e popular repórter de criptomoedas, o grupo contratado pelo cofundador exilado da Bitmain “invadiu à força bruta o escritório e tentou retomar o controle”.
???OH MAN the #BitMainDrama this video is verified by @BlockBeatsChina
Micree today led a team of private guards crashed Bitmain Beijing office … they broke in by brute force and tried to take back the control (after Jihan’s initial coup and series of outrageous behavior) pic.twitter.com/wkpKJ8Nr8H
— Dovey 以德服人 Wan ?? (@DoveyWan) June 4, 2020
O vídeo e as informações divulgadas pela repórter foram verificadas pelo portal de notícias Blockbeats. De acordo com informações, Ketuan teria retomado o controle do escritório e enviou uma carta para acionistas e funcionários, afirmando que está de volta ao poder e encorajou os funcionários a voltarem a trabalhar.
Entenda o drama
Jihan Wu, o outro cofundador da Bitmain, deixou o cargo de CEO em março de 2019 após sua IPO (Oferta Pública Inicial) falhar.
De acordo com o Crypto Potato, Ketuan então assumiu o controle da companhia, mas Wu decidiu descartar todas as funções de Ketuan em outubro daquele ano, com efeito imediato.
Ambos têm visões diferentes para a Bitmain. Enquanto Wu acredita que é hora de diversificar e oferecer produtos como inteligência artificial, Ketuan quer continuar focando em equipamentos para mineração.
No início de 2020, o cofundador exilado obteve uma vitória na Justiça, apelando da decisão que permitiu que o CFO Luyaou Liu fosse registrado como representante legal da Filial de Pequim da empresa. Contudo, mesmo que Zhan não tenha sido instituído como representante, ele bloqueou o CFO.