A Guarda Nacional Venezuelana anunciou que apreendeu mais de 300 máquinas de mineração de bitcoin, conforme reportou o Decrypt.
A notícia foi compartilhada pela Guarda Nacional via Twitter, um empresário local estava tentando transportar as máquinas para a cidade de Ciudad Guayana.
Segundo o comandante do distrito, Adolfo Rodríguez Cepeda, os militares realizaram uma verificação de rotina em um caminhão que tentava passar pelo pedágio de Guayana.
Os oficiais abordaram o caminhão por conta da restrição de trânsito imposta como medidas de combate ao coronavírus.
O motorista não tinha a permissão necessária, de acordo com os militares, sendo assim, os oficiais inspecionaram a carga e procuraram documentação adicional das máquinas de mineração.
As autoridades apreenderam o equipamento e encaminharam o caso à Superintendência Nacional de Criptomoedas e Atividades Relacionadas (Sunacrip), o órgão público encarregado de regular a indústria de criptomoeda na Venezuela.
O valor dos equipamentos apreendidos seria de cerca de US$79 mil hoje, considerando a cotação atual do dólar.
O governo de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, reprimiu a mineração de bitcoin, alegando que o bitcoin abriu caminho para o aumento da especulação sobre o valor do dólar e contenção nos controles financeiros do país.
Para ser mineradores de criptomoedas na Venezuela, é preciso obter uma licença prévia de funcionamento, junto ao governo.
O presidente da Venezuela promoveu o uso da criptomoeda apoiada pelo Estado, o Petro, e impulsiona a mineração da moeda no país.
O Petro é uma criptomoeda lastreada em petróleo e que o governo tenta oferecer para a população.
Essa moeda digital é vista com desconfiança por outros países, como os EUA, que não acreditam mais no governo de Nicolás Maduro.
A Venezuela foi o primeiro país a criar sua própria moeda digital. O governo também criou vários instrumentos legais, alguns através de ordens executivas, outros através de ações legislativas, que deram status legal às criptomoedas.