A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) ordenou que o rapper e ator Clifford Joseph Jr, conhecido como TI, pague multa de US$75.000 por divulgar ICO (oferta inicial de moeda) fraudulenta.
Segundo o Zycrypto, o rapper, ao lado de outros indivíduos, concordou em pagar multas pesadas por promover ICOs ilegais em 2017.
Nessa época, inúmeras ICOs foram lançadas e as celebridades surgiram para promover as criptomoedas nas redes sociais, não mencionando que eram pagos pelos projetos para fazer os anúncios.
Na sexta-feira (11), a SEC informou que o produtor de cinema Ryan Felton supostamente desviou fundos levantados de dois ICOs, FLiK e CoinSpark, que ele controlava e que o Rapper TI divulgava.
“A reclamação da SEC alega que Felton prometeu construir uma plataforma de streaming digital para FLiK e uma plataforma de negociação de ativos digitais para CoinSpark. Em vez disso, Felton supostamente se apropriou indevidamente dos fundos arrecadados nas ICOs.”
A SEC também afirmou que o produtor de cinema arrecadou cerca de US$2,2 milhões adicionais em lucros depois de transferir alguns tokens FLiK para si.
De acordo com a Comissão de Valores, a ICO do rapper TI não registrada e fraudulenta conduzida por Felton, vendeu tokens FLiK em suas redes sociais, alegando ser o cofundador.
O gerente de mídia de TI, William Sparks Jr., com Owen Smith, Chance White e três outros réus também foram acusados pela SEC por promover os ICOs e não revelar que estavam sendo compensados pelas propagandas.
O FLiK conseguiu levantar cerca de US$165.000 em Ethereum no ICO que foi lançado em 2017. Além disso, a outra ICO, o CoinSpark levantou US$282.000 no final de 2018.
Todos os réus, exceto Felton, concordaram em um acordo com a SEC. O rapper TI concordou em pagar uma multa de US$ 75.000.
Já Smith, Sparks e White, também concordaram em pagar uma multa de US$25.000 cada. E todos os réus aceitaram em abster de promover a emissão ou venda de títulos por cinco anos.
Quanto ao produtor de cinema, Felton, a SEC indicou que ele agora enfrenta acusações criminais. A Diretora Associada da Divisão de Execução da SEC, Carolyn M.Welshhans, afirma que:
“Conforme alegado na queixa da SEC, Felton vitimou investidores por meio de declarações falsas, apropriação indébita de seus fundos e negociação manipulativa”.