Uma pesquisa recente da Sherlock Communications descobriu que quase metade dos brasileiros concorda que o Bitcoin deve ser adotado como moeda do país, seguindo os passos de El Salvador.
Brasileiros otimistas para Bitcoin
O estudo mostra 48% dos brasileiros a favor do Bitcoin como moeda nacional (17% de suporte forte, 31% de suporte moderado).
Em contraste, apenas 21% rejeitaram a ideia (9% rejeição forte, 12% rejeição moderada). Os outros 30% dos entrevistados foram indiferentes ao assunto.
A pesquisa foi realizada por meio da plataforma de pesquisa online Toluna e estudou o suporte para Bitcoins e criptomoedas em vários outros países da América Central e do Sul.
Entre eles estão Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Venezuela e México. De todas as regiões mencionadas, os brasileiros foram os que mais apoiaram a criptomoeda primária.
“Os brasileiros foram os maiores defensores do cripto-reconhecimento na região, com 56% apoiando a abordagem de El Salvador e 48% dizendo que querem que o Brasil também a adote”, diz o estudo.
Notavelmente, o interesse dos brasileiros parece estar exclusivamente concentrado no Bitcoin. O BTC foi de longe o mais famoso entre os entrevistados, com 92% reconhecendo-o.
Enquanto isso, apenas 31% e 30% dos entrevistados conheciam o Ethereum e o Litecoin, respectivamente, dois dos altcoins mais populares do mercado.
BTC: arriscado ou seguro?
Apesar das representações comuns do Bitcoin na mídia como um investimento ‘arriscado’, o apoio brasileiro a ele se baseia na suposição exatamente oposta.
Quando questionados sobre as razões para investir em criptomoedas, 39% dos entrevistados citaram a “proteção contra a inflação e a instabilidade financeira” como um fator contribuinte.
Outras razões principais incluem a diversificação dos investimentos (55%) e o acompanhamento das tendências tecnológicas (37%).
Isso estaria de acordo com a opinião do governo de El Salvador, que tem comprado centenas de Bitcoins repetidamente nos últimos dias.
O presidente Nayib Bukele continua confiante de que sua decisão de investir e adotar o BTC como moeda legal beneficiará seu povo e fará o país avançar. Isso está em oposição às opiniões do JP Morgan e do Banco Mundial.
Luiz Eduardo Abreu Haddad, consultor do banco Sherlock, reconhece a importância do primeiro passo de El Salvador para orientar as visões e ações dos países vizinhos em relação ao Bitcoin:
“O experimento de El Salvador pode se tornar uma grande referência para os países latino-americanos sobre como incorporar blockchain e criptomoedas em suas economias e gerar bem-estar para seus cidadãos.”
Embora os brasileiros pareçam ter a mente mais aberta em relação à adoção do BTC, os americanos não estão na mesma página. Outro estudo recente determinou que apenas 27% apoiariam se os EUA legalizassem o Bitcoin.
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