Sem dúvidas, a liberação da SEC de um ETF de bitcoin foi um dos pontos chaves para o crescimento do criptoativo no segundo semestre de 2021. A liberação da de dois ETFs nos Estados Unidos fez com que o ativo digital disparasse. Todavia, a agência americana mostra sinais de que não fará uma nova liberação ainda este ano.
Em novembro, a SEC negou o pedido de VanEck para um ETF de Bitcoin à vista. Agora chamou a atenção novamente ao negar mais dois fundos voltados para o ativo digital.
De acordo com o documento oficial, a SEC rejeitou os ETFs de Bitcoin propostos por Valkyrie e Kryptoin. Como resultado da grande empolgação em torno do BTC em outubro, a reguladora teme que haja manipulações de mercado.
A SEC apontou que Valkyrie Bitcoin Fund e Kryptoin Bitcoin ETF Trust não cumpriam a sua norma de afastamento de práticas fraudulentas e manipuladoras. Além disso, não se encaixam na proteção dos atores de mercado e do interesse público.
Kryptoin já está há algum tempo na “lista negra” da SEC. Além de ter passado por uma rejeição de um ETF em 2019, a empresa viu a agência federal iniciar uma revisão formal da aplicação de fundos negociados em bolsa de bitcoin em abril deste ano.
Olhando esse cenário, vemos que a SEC está muito longe de se sentir confortável em liberar um ETF de bitcoin à vista.
Como foi o desempenho do primeiro ETF de bitcoin em 2021?
ProShares Bitcoin Strategy ETF (BITO) foi o primeiro ETF de bitcoin aprovado pela SEC. Ele foi um grande sucesso de lançamento. Só para exemplificar, ele é o segundo maior da história de fundos negociados em bolsas.
O BITO teve cerca de US$993 milhões em volume total de negociação em seu primeiro dia de disponibilidade.
Mas esse ETF não é focado no mercado à vista do bitcoin. Ele trabalha diretamente com o mercado futuro do BTC. E os primeiros meses de negociação do BITO mostraram como ele não conseguiu performar bem com o preço à vista do bitcoin.
De acordo com James Seyffart, analista de ETF da Bloomberg Intelligence, o BITO estava atrás de 2,34% com apenas dois meses de dados. Seyffart acredita que o primeiro ano do ETF não será brilhante.
A expectativa é que ele continue apresentando um desempenho inferior ao do bitcoin. O analista aponta uma paralisia de cerca de 13-14% no período. Contudo, isso não quer dizer que o BITO seja um fracasso.
No longo prazo, as ofertas com uma alocação menor para contratos futuros de BTC poderiam emergir como mais dominantes no próximo ano.
Não podemos deixar de apontar que um ETF de bitcoin é muito mais atrativo para investidores do mercado tradicional que o investimento no próprio ativo digital.
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