O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou recentemente o “Relatório de Estabilidade Financeira Global”, que abordou, dentre outros assuntos, o impacto do Bitcoin (BTC) e do mercado de criptomoedas na economia mundial em meio aos conflitos e instabilidades geopolíticas atuais.
Segundo o FMI, a fragmentação do mundo em blocos economicamente alinhados devido aos conflitos no território ucraniano, podem tornar os mercados menos concentrados, o que pode trazer consequências para o dólar americano, a atual moeda de reserva mundial.
“Os mercados de capitais podem se tornar mais fragmentados, com possíveis implicações para o papel do dólar americano.
E a fragmentação dos sistemas de pagamento pode estar associada ao aumento dos blocos de moeda digital do banco central.” – Afirma o relatório.
A retirada da Rússia do sistema de compensações internacionais, certamente causará impacto na forma como as commodities serão principalmente negociadas no mundo.
Mineração de Bitcoin
A Rússia é atualmente uma grande produtora de energia, sendo responsável por grande parte do gás encanado direcionado para o território europeu.
Caso países da Europa decidam por não comprar mais os recursos russos, esse excedente energético poderia ser direcionado para a mineração de Bitcoin, como alega o FMI em seu mais recente relatório.
“Com o tempo, os países sancionados também poderiam alocar mais recursos para evitar sanções por meio da mineração.
A mineração de blockchains de uso intensivo de energia, como o Bitcoin, pode permitir que os países monetizem recursos energéticos, alguns dos quais não podem ser exportados devido a sanções.”
Atualmente, estima-se que a mineração de Bitcoin consuma mais energia que toda a Argentina.
No entanto, é importante destacar que a absoluta maior parte desses recursos é proveniente de eletricidade que seria efetivamente desperdiçada devido a questões inerentes a este setor.
A mineração de Bitcoin fortalece as redes elétricas e produtoras de energia, visto que permite uma nova fonte de renda para a atividade.
O relatório afirma que é necessário o fortalecimento da economia mundial para “afastar os riscos cripto”, reforçando a visão negativa da instituição sobre os mercados descentralizados.
O bitcoin é negociado em US$ 41 mil, com queda de 0,80% nas últimas 24 horas.
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