A Hetzner, uma das gigantes no segmento data center, afirmou que rodar nodes de Ethereum em seus serviços é uma violação dos termos da empresa.
Em termos práticos, a segunda empresa em número de nodes Ethereum hospedados disse que tal prática é proibida.
A princípio, a empresa de data center alemã só está atrás da AWS, que abriga 50% de todos nodes.
“Não é permitido o uso de nossos produtos para qualquer aplicação relacionada à mineração, mesmo remotamente. Isso inclui o Ethereum”, afirmou a empresa na rede social Reddit.
“Inclui Proof-of-Stake, Proof-of-Work e aplicativos relacionados. Inclui negociação.”
“Mesmo que você execute apenas um node, consideramos isso uma violação de nossos termos de serviço”, concluiu a Hetzner em seu comentário.
Segundo a Hetzner, a empresa tem consciência do grande número de usuários violando estes termos do serviço.
Nesse sentido, afirmaram estar buscando uma maneira de resolver o problema junto aos clientes.
Além disso, o data center pede para que esses clientes que mantinham os nodes, entrem em contato para tratar sobre assunto.
Nodes em data centers
Para rodar os nodes de Ethereum, são necessários equipamentos mais potentes do que os para rodar nodes do Bitcoin.
Assim, a utilização de serviços de terceiros, como os data centers, é comum nesse segmento.
Para se ter uma ideia do tamanho dessa terceirização, de todos os nodes de Ethereum existentes, 65% estão hospedados em datas centers.
“Três grandes provedores de nuvem são responsáveis por 69% dos 65% dos nós de Ethereum em data centers”, afirma um estudo da Messari, empresa de pesquisa do setor.
A proibição da Hetzner acontece ao mesmo tempo que a comunidade questiona a atualização do Ethereum.
A questão central das críticas gira em torno dos validadores do novo modelo, após a atualização.
Segundo a comunidade, se a maioria dos validadores forem corretoras, essas estariam sujeitas a sanções do governo.
Agora, com o posicionamento da Hetzner, o nível de preocupação dos investidores aumentou.
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