Problemas com dinheiro do governo levam a protestos na Nigéria

A população da Nigéria tem lutado contra a escassez de dinheiro físico desde que o banco central começou a trocar notas antigas da moeda local por novas, levando a um déficit nas notas.

Os bancos têm acesso limitado a dinheiro para saques por causa da escassez das novas notas, e algumas empresas se recusam a aceitar nairas antigas, causando enormes filas, irritando os clientes e atrapalhando os negócios.

Os manifestantes atacaram caixas eletrônicos de bancos e bloquearam estradas em três cidades nigerianas, enquanto a raiva se espalhava pelas ruas devido à escassez de dinheiro, poucos dias antes das eleições gerais do país.

A polícia do estado de Delta disse que “jovens/criminosos sem orientação em nome de protestos” incendiaram dois bancos e dois veículos.

“Prendemos nove suspeitos até agora. Algumas pessoas ainda chamarão isso de protesto”, escreveu o porta-voz da polícia estadual, Bright Edafe, no Twitter.

A emissora de notícias Channels Television compartilhou em sua conta no Twitter um vídeo de jovens queimando pneus nas ruas da periferia da cidade de Warri, no estado do Delta.

Na cidade de Benin, os protestos começaram depois que a polícia impediu que “bandidos” atacassem o escritório local do banco central, de acordo com o porta-voz do governador do estado.

“Os bandidos então começaram a atacar e vandalizar os bancos. Eles também bloquearam estradas e forçaram o fechamento de empresas”, afirmou.

“Embora as pessoas estejam insatisfeitas com a escassez de naira, a APC aproveitou o descontentamento e instigou os bandidos a causar violência na cidade”, disse Osagie.

As tensões aumentaram na Nigéria desde que o banco central estabeleceu um prazo de fevereiro para os depositantes trocarem as notas antigas, deixando muitas pessoas sem dinheiro e frustradas.

Muitas pessoas que trabalham na economia informal e no transporte na Nigéria usam dinheiro para transações em vez de aplicativos bancários.

O banco central disse que a política visa eliminar o excesso e naira falsificada do sistema, bem como desencorajar pagamentos de resgate em dinheiro a sequestradores e bandidos.