O Hash11 foi o primeiro ETF de criptomoedas aprovado para negociação no Brasil. Conheça o fundo que permite exposição diversificação ao setor que mais cresce no mundo.
O Hash11 foi aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 2021, durante o mercado de alta das criptomoedas. Naquela época, havia muita pressão para que as instituições reguladoras de todo o mundo começassem a aprovar ETFs de criptoativos, visto o grande crescimento do setor nos últimos anos.
O Canadá foi pioneiro, aprovando o primeiro ETF de Bitcoin do mundo. O Brasil seguiu este movimento, com a CVM dando sinal verdade para a criação do Hash11.
Mas afinal, o que é um ETF?
ETF é a sigla para Exchange Tradable Fund (Fundo Negociado em Bolsa), e trata-se de um ativo regulamentado que permite a exposição direta ou indireta a um ativo, classe de ativos ou setor.
Em específico, os ETFs cripto permitem que investidores individuais ou empresas se exponham ao mercado cripto sem a necessidade de realizar a custódia dos ativos. Esta pode ser uma vantagem para quem não deseja se preocupar com a auto-custódia, porém isso traz riscos de contraparte para o investimento.
Os ETFs brasileiros podem ser negociados por meio de exchanges que possuem integração com a B3, a bolsa de valores brasileira.
Como funciona o Hash11?
O Hash11 rastreia o Nasdaq Crypto Index, que é composto por uma cesta de criptoativos. Confira os ativos e as proporções abaixo:
Bitcoin (BTC) | 69.88% |
Ethereum (ETH) | 27.08% |
Litecoin (LTC) | 0.65% |
Chainlink (LINK) | 0.44% |
Polkadot (DOT) | 0.42% |
Bitcoin Cash (BCH) | 0.38% |
Stellar Lumens (XLM) | 0.34% |
Uniswap (UNI) | 0.27% |
Axie Infinity (AXS) | 0.21% |
The Sandbox (SAND) | 0.17% |
Filecoin (FIL) | 0.16% |
Fonte: Nasdaq.
Dessa forma, ao comprar cotas do Hash11, o negociante está investindo indiretamente nos ativos acima.
Confira o desempenho do Hash11 desde o seu lançamento:
Como pode ser observado, o ETF não apresentou bom desempenho, visto que o mercado de criptoativos caiu significativamente de valor desde o final de 2021.
O fundo também conta com uma taxa de administração de 1,3% ao ano, que no longo prazo pode fazer grande diferença na carteira do investidor.
É importante destacar que os criptoaitvos não pagam dividendos como as ações. Logo, o valor das cotas do fundo está diretamente ligado ao preço dos criptoativos, que são ainda bastante voláteis.
Outros ETFs cripto
Desde a aprovação do Hash11, uma série de outros ETFs cripto foram criados no Brasil. Entre eles está o QBTC11, que permite exposição direta somente ao bitcoin, o maior ativo digital por capitalização de mercado.
Por sua vez, o QETH11 permite a exposição ao Ethereum (ETH), segundo maior criptoativo do mercado e a maior plataforma para criação de contratos inteligentes.
O DEFI11, também desenvolvido pela empresa gestora do Hash11, permite exposição ao setor DeFi (Finanças Descentralizadas), dando exposição a uma série de tokens do setor.
Até o momento, apenas ETFs de futuros de Bitcoin foram aprovados nos Estados Unidos. Há uma grande pressão para que um ETF à vista seja aprovado, o que deve aumentar a demanda pelo criptoativo no país.