Nações do G7 discutem como combater a ‘coerção econômica’ da China

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, revelou em uma coletiva de imprensa na quinta-feira que os membros do Grupo dos Sete (G7) estão discutindo como responder ao uso da China de “coerção econômica” contra outras nações. 

O G7 compreende Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos — com a União Europeia como membro não enumerado. 

A conferência de imprensa ocorreu em Niigata, Japão, antes da reunião do G7 de ministros das finanças e governadores de bancos centrais, da qual Yellen participou. O Japão detém a presidência do G7 este ano.

Observando que os EUA estão considerando impor limitações mais específicas de investimento para a China há algum tempo e discutindo o assunto com seus aliados do G7, Yellen afirmou:

“Temos participado de discussões com nossos colegas do G7 e espero que isso dê continuidade a essas reuniões, pelo menos de maneira informal”.

Yellen enfatizou: 

“Eu diria que muitos membros do G7 compartilham uma preocupação comum com esse tipo de atividade e estão procurando ver o que podemos fazer juntos para tentar combater esse tipo de comportamento”.

Além disso, ela detalhou que o governo dos Estados Unidos vem discutindo o assunto internamente, mas não estabeleceu um plano de ação definitivo. Os legisladores dos EUA têm pressionado o governo Biden a aprimorar seu escrutínio de investimentos feitos por empresas e indivíduos americanos em países estrangeiros, principalmente na China.

O secretário do Tesouro esclareceu que qualquer ação dos EUA seria “de escopo restrito e direcionada a tecnologias onde há claras implicações de segurança nacional”. 

Yellen opinou:

“Obviamente, seria mais eficaz se houvesse uma ação coordenada por um grupo de países com ideias semelhantes e um acordo de que esta é uma abordagem útil”.

Ela observou que algumas restrições ao investimento externo seriam um complemento às medidas existentes nos EUA destinadas a proteger sua segurança nacional, incluindo revisões de investimento interno e controles de exportação.