Ex-diretor da FTX pega 7 anos e meio de prisão por fraude

Ex-diretor da FTX pega 7 anos e meio de prisão por fraude

O ex-executivo da FTX, Ryan Salame, foi condenado a 7 anos e meio de prisão por um tribunal federal de Manhattan, de acordo com a Bloomberg.

A equipe de defesa de Salame havia pedido 18 meses de prisão ao juiz Lewis Kaplan, o mesmo que presidiu o julgamento criminal do fundador da FTX, Sam Bankman-Fried (SBF), no ano passado.

Salame se declarou culpado em setembro de duas acusações: violações de financiamento de campanha e operação de um negócio de transmissão de dinheiro sem licença. Agindo como “laranja”, segundo o governo, ele ajudou a “injetar mais de US$100 milhões em contribuições ilegais no sistema político dos EUA para apoiar as prioridades legislativas de SBF e da FTX”.

Salame é o primeiro dos grandes executivos da exchange de criptomoedas a ser sentenciado, além de ter sido o único a se declarar culpado e não testemunhar contra SBF durante o julgamento.

A promotoria afirmou, em memorando de condenação apresentado no início do mês, que a cooperação mínima de Salame significava que suas contribuições para o caso contra SBF eram “relativamente pequenas”.

O memorando do governo acrescentou que o executivo forneceu algumas informações de última hora aos promotores nos dias anteriores ao julgamento de SBF, o que foi útil durante o contra-interrogatório de algumas testemunhas. No entanto, “nenhuma das informações resultou em pistas significativas de investigação, prisões ou acusações”, disse a promotoria ao tribunal.

Advogados em ação

Ao pedir leniência, a equipe de Salame disse ao tribunal que ele “começou um novo capítulo em sua vida”, acrescentando que se tornou pai pela primeira vez em novembro e está trabalhando para se tornar advogado.

Os defensores de Salame alegaram que ele foi “enganado” por SBF e que foi “a primeira pessoa a denunciar às autoridades nas Bahamas” quando descobriu a natureza da fraude.

Na noite de segunda-feira, a promotoria pediu ao tribunal que revogasse parcialmente e alterasse os acordos anteriores de confisco e indenização financeira.

A Porsche 911 Turbo S 2021 de Salame “não tem mais patrimônio líquido suficiente para prosseguir com o confisco”, observou o governo, portanto, deveria ser devolvida.

A promotoria também aprovou o pedido de Salame de prorrogação para pagar os US$ 6 milhões que ele deve ao governo e pediu ao tribunal que prorrogasse a data de vencimento do pagamento para 3 de setembro de 2024.

As ex-executivas Caroline Ellison, Nishad Singh e Gary Wang, que testemunharam contra Bankman-Fried no ano passado e firmaram acordos formais de cooperação com o governo, ainda não foram condenadas. A audiência de condenação de Singh foi marcada para novembro, enquanto as datas de Ellison e Wang ainda não estão definidas.

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