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julho 20, 2024 
3 min. 
Ocorreu ontem uma das maiores crises de tecnologia já registradas. Milhares de empresas enfrentaram interrupções em meio a uma atualização de um sistema de uma importante empresa de segurança cibernética, a CrowdStrike.
Paolo Ardoino, CEO da Tether, uma das maiores empresas do mercado de criptomoedas, destacou os problemas da centralização da indústria de tecnologia em recente análise no X:
“A web nasceu descentralizada, ponto a ponto. Hoje está quase totalmente centralizado em torno dos serviços de 3 empresas. Quaisquer problemas de conectividade ou instabilidade na infra-estrutura dessas empresas terão um impacto dramático em nações, cidades, comunidades e empresas inteiras.”
“A concentração e a centralização estão criando um mundo muito frágil, onde quase toda a tecnologia que desenvolvemos até hoje só pode funcionar na melhor das hipóteses e falhará ao primeiro sinal de mudança no ecossistema social/ambiental.”
Ardoino apontou que “as nações e as empresas precisam investir mais em tecnologia peer-to-peer para garantir a máxima resiliência em futuras catástrofes de qualquer tipo”.
Notavelmente, o executivo apontou que a Tether está trabalhando em tecnologias projetadas para “sobreviver a um apocalipse”.
Potencialmente, redes blockchains descentralizadas, como Bitcoin e Ethereum, sobreviveriam a apagões globais da internet sem grandes complicações. Isto se deve ao grau de descentralização geográfica dos operadores da rede, que incluem os nodes, mineradores e demais operadores de infraestrutura.
A Tether, emissora do USDt, vem investindo em uma série de negócios, que incluem mineração de Bitcoin, empresas de IA e de biotecnologia. A Tether Limited vem diversificando suas operações através do seu modelo de negócios altamente lucrativo.
Atualmente, o USDt é o terceiro maior criptoativo do mercado, com uma capitalização superior a US$ 110 bilhões. Notavelmente, a Tether já é uma das maiores compradoras globais de títulos do governo dos EUA, superando até mesmo grandes estados.
