De acordo com um relatório da nftevening.com, 96% dos tokens não fungíveis (NFTs) são considerados “inativos” com base em três critérios: ausência de volume de negociação, vendas mínimas nos últimos sete dias e falta de atividade nas redes sociais.
Declínio do mercado de NFTs
A análise de mais de 5.000 coleções de NFTs e 5 milhões de transações coletadas pela NFTScan mostra que 40% dos proprietários dessa classe de tokens estão no vermelho. Além disso, a vida útil média de um token não fungível é de apenas 1,14 anos – 2,5 vezes menor do que a de projetos tradicionais de criptomoedas.
“Os dados mostram claramente que o mercado de NFTs, antes celebrado como o futuro da propriedade digital e do investimento, está enfrentando sérias dificuldades. A alta taxa de falta de lucratividade entre os detentores, o contraste acentuado entre coleções bem-sucedidas e mal-sucedidas, e a curta vida útil dos NFTs sugerem que o mercado pode não ser o ‘ganso dos ovos de ouro’ que muitos esperavam”, destaca o estudo da nftevening.com.
Desigualdades de rentabilidade nas coleções de NFTs
A coleção Azuki se destaca como a mais lucrativa, com os detentores ganhando 2,3 vezes o valor investido inicialmente. Esse sucesso é atribuído ao suporte da comunidade, ao estilo artístico distinto e aos esforços estratégicos de marketing.
Por outro lado, a coleção Pudgy Penguins passa por um momento complicado, com os detentores enfrentando uma perda de 97%, tornando-se a coleção menos lucrativa até o momento.
O vasto universo de marketplaces de NFTs
Após um período em que a OpenSea detinha o monopólio durante o auge do mercado de NFTs, o cenário evoluiu para um duopólio entre a OpenSea e a Blur. No entanto, em 2024, a dinâmica do mercado passou a se caracterizar por um oligopólio, com uma maior competição e diversidade entre as plataformas de negociação.
Segundo um relatório da CoinGecko, o número de marketplaces de NFTs com uma participação de mercado anual superior a 10% cresceu de apenas 2 para 4 neste ano.
O destaque vai para a Blur, que consolidou sua liderança em 2023, capturando 62,4% da participação de mercado em fevereiro e superando a OpenSea como a principal plataforma durante a maior parte do ano.
A OKX, impulsionada pelo hype dos Ordinals, superou brevemente a Blur no final de 2023, com o volume de negociação de NFTs saltando de US$ 8,35 milhões em outubro para US$ 684,65 milhões em dezembro.
A Tensor também experimentou um bom crescimento, com sua participação de mercado subindo de 0,1% para 12,1%, e o volume mensal de negociação de NFTs aumentando de US$ 1,36 milhão para US$ 215,57 milhões, permitindo à Tensor superar a Magic Eden pela primeira vez em dezembro de 2023.
O crescimento dessas plataformas fez com que a OpenSea, que iniciou o ano como a maior plataforma com um volume mensal de negociação de US$ 438,08 milhões (41,0% de participação de mercado), visse uma queda gradual, terminando o ano com US$ 171,10 milhões em volume (9,6% de participação).