Justin Bons, fundador da Cyber Capital, o fundo de criptomoedas mais antigo da Europa, afirmou recentemente que o Dólar Tether pode potencialmente devastar o mercado de criptomoedas.
O Dólar Tether (USDT) é o terceiro maior criptoativo por valor de mercado, possuindo atualmente uma capitalização superior a US$ 115 bilhões.
O executivo apontou que a Tether Limited, emissora do criptoativo, já foi multada em 2021 por má administração de fundos e falsificação de documentos. Além disso, a instituição nunca passou por uma auditoria abrangente de reservas.
Bons destacou que este pode potencialmente ser um dos maiores golpes da história, superando até mesmo o escândalo financeiro orquestrado por Bernard Madoff.
Por fim, o executivo sugeriu que os participantes do mercado optem por stablecoins com maior transparência:
“Hoje, o USDT é o terceiro maior em marketcap e tem o maior volume. Quem sabe como eles manipulam o mercado com sua impressora de dinheiro. Existem hoje muitas stablecoins respeitáveis que nós podemos utilizar no lugar. Vamos fazer justiça com as criptomoedas e parar de usar o USDT, antes que ele nos puxe para baixo.”
Modelo de negócios da Tether
Apesar dos problemas passados, a Tether conta com um modelo de negócios aparentemente sustentável. A empresa utiliza a sua emissão de dólares em blockchain para acumular uma cesta diversificada de ativos financeiros.
Esta cesta é composta principalmente por títulos do governo dos Estados Unidos, que pagam juros à empresa. Além de títulos públicos, a cesta que mantém o valor da Tether também é composta por outros títulos e ativos variados, incluindo o próprio bitcoin.
A empresa também vem diversificando seus investimentos em negócios variados. A Tether vem investindo em mineradoras de bitcoin, empresas de IA e de energias renováveis. Recentemente, a Tether fez um aporte é uma grande empresa agropecuária da América Latina
Leia mais: Tether investe US$ 100 milhões em empresa agrícola na América do Sul