Em janeiro de 2024, a SEC dos Estados Unidos aprovou os primeiros ETFs spot de Bitcoin, e entre os fundos aprovados está o da BlackRock, que, desde então, vem intensificando suas aquisições de BTC.
Segundo dados do Apollo Bitcoin Tracker, o iShares Bitcoin Trust (IBIT) da BlackRock já acumula 359.278 BTC, um montante equivalente a US$ 22,9 bilhões.
O aumento nas reservas de criptomoeda do fundo da BlackRock ganhou ainda mais destaque em setembro, quando, em apenas um dia (24), ele recebeu um influxo de 1.548 BTC, equivalente a US$ 99 milhões.
Esse movimento coloca a BlackRock bem à frente de outros gestores de ETFs spot de Bitcoin. A Grayscale, por exemplo, atualmente detém 221.043 BTC, enquanto a Fidelity conta com 177.224 BTC. Juntas, todas as gestoras somam 915.570 BTC.
A visão da BlackRock sobre o Bitcoin
De acordo com Robbie Mitchnick, chefe de ativos digitais da BlackRock, a empresa vê o BTC como uma alternativa monetária global emergente.
“É um ativo escasso, descentralizado e sem risco soberano, características que o tornam interessante em um cenário global de preocupação com a impressão desenfreada de dinheiro e a desvalorização das moedas”.
Mitchnick destacou que, ao contrário da percepção comum de que o Bitcoin é um ativo de risco (“risk-on”), ele deve ser considerado como um ativo de segurança (“risk-off”), dadas as suas propriedades únicas.
O especialista também salientou que, embora a criptomoeda primária tenha um impacto limitado por eventos diários no mercado financeiro tradicional, isso não diminui sua importância como um ativo de longo prazo.
“Há poucos eventos anuais que realmente influenciam o valor fundamental do Bitcoin. No entanto, isso não impede que o mercado tente correlacionar movimentos no preço do BTC com outros fatores econômicos que, na verdade, têm pouca ou nenhuma relação direta.”