O CEO do Telegram, Pavel Durov, esclareceu mudanças na política de privacidade da plataforma, ressaltando que o aplicativo de mensagens já compartilha endereços de IP de criminosos com as autoridades desde 2018.
Nesse sentido, em uma postagem em seu canal oficial no Telegram, Durov explicou que a nova atualização visa apenas unificar e simplificar o modo como o app lida com a privacidade em diferentes regiões.
Compartilhamento de dados
Durov destacou que o Telegram sempre colaborou com as autoridades, fornecendo informações sobre criminosos que utilizam a plataforma para atividades ilícitas. Brasil e Índia, por exemplo, já fazem parte dessa prática há anos, sendo que agora nações europeias passaram a adotar esse procedimento.
“Todas as vezes que recebemos uma solicitação legal devidamente formatada, validamos e fornecemos endereços de IP e números de telefone de criminosos perigosos. Esse processo já existia muito antes da última atualização”.
Para exemplificar, em 2024, o Telegram atendeu a 203 solicitações de dados no Brasil e 6.992 na Índia. Segundo o CEO, o número de pedidos cresceu no terceiro trimestre deste ano em países europeus, onde as autoridades têm utilizado os canais de comunicação corretos para essas solicitações.
O Transparency Bot do Telegram, ferramenta que permite aos usuários acompanharem a transparência nas divulgações de dados, continua ativo e fornecendo atualizações sobre os pedidos de informação recebidos e processados pela plataforma.
Compromisso com a privacidade
Mesmo com as mudanças anunciadas, Durov fez questão de reiterar que os princípios fundamentais do Telegram permanecem inalterados. Ele reforçou que a plataforma segue sendo um espaço dedicado à proteção da privacidade e liberdade de ativistas e pessoas comuns, enquanto coopera com as autoridades no combate a crimes.
“O Telegram foi criado para proteger indivíduos de governos e corporações corruptas — não permitimos que criminosos abusem da nossa plataforma para escapar da justiça”.