A mineração de Bitcoin (BTC) vem enfrentando um cenário complicado, com quedas sucessivas na receita e no lucro bruto ao longo dos últimos quatro meses. Segundo o último estudo do JPMorgan sobre o tema, a rentabilidade da atividade continua pressionada pela concorrência e pelo aumento da dificuldade da rede.
O estudo apontou que a receita diária de mineração de Bitcoin, medida por exahash por segundo (EH/s), teve uma leve queda de 1% em relação a setembro, atingindo uma média de US$ 41.800 por EH/s. Com um hashrate mais elevado, a atividade de mineração se torna mais difícil e menos lucrativa, destacaram os analistas Reginald Smith e Charles Pearce.
Ainda de acordo com o relatório, o lucro bruto proveniente das recompensas diárias de blocos também registrou queda de 2% em outubro, alcançando um dos níveis mais baixos observados no curto prazo.
Mas nem todas as notícias são ruins
Apesar dessa tendência negativa, o final do mês trouxe algum alívio aos mineradores, graças ao aumento nas taxas de transação. Em determinado momento, as taxas representaram 60% da recompensa por bloco, o que ajudou a elevar temporariamente o valor do hashprice.
Outro ponto de destaque foi o crescimento do hashrate médio da rede, que bateu um recorde ao atingir 702 EH/s em outubro, marcando um aumento de 9% em relação ao mês anterior. No final de outubro, a média móvel de sete dias do hashrate chegou a 748 EH/s, como resultado de um salto de 18% em relação ao final de setembro e uma alta de 62% em relação ao ano anterior.
Embora a lucratividade esteja em declínio, o valor de mercado combinado das 14 maiores empresas de mineração de Bitcoin listadas em bolsa, monitoradas pelo JPMorgan, subiu 14% em outubro, alcançando US$ 23,9 bilhões. Esse crescimento foi impulsionado pela diversificação dessas companhias na área de computação de alto desempenho (HPC).