Nos últimos anos, ficou muito claro que a indústria esportiva fornece um terreno bastante fértil para a adoção em massa da tecnologia blockchain. E qual seria o melhor esporte para dar início à revolução cripto senão aquele que, sem dúvida, é considerado o mais popular do mundo?
A pesquisa The World Atlas 2018 mostrou que o futebol (ou soccer, como é conhecido popularmente nos EUA) conquistou os corações de 4 bilhões de pessoas, o que representa mais da metade da população mundial. Desde então, a situação pouco mudou, e o futebol ainda se apresenta com enorme potencial para que os amantes de cripto possam criar e ampliar o seu espaço para negócios. Na tentativa de buscar meios mais inovadores de interação com seus torcedores e patrocinadores, os clubes de futebol encontraram nas parcerias com plataformas de blockchain, e na imagem dos seus grandes craques, a forma de atrair o foco dos profissionais de marketing em cripto.
Como o blockchain entrou no futebol
O pioneiro na implantação de criptomoedas dentro do futebol foi a GKS Katowice, com sede na Polônia. Em 2014, o clube anunciou a aceitação de Bitcoin como forma de pagamento de ingressos e merchandise. Esta tendência vem se desenvolvendo rapidamente em clubes de futebol como o Benfica, que apoia esta prática através da sua parceria com a plataforma de pagamento em cripto UTRUST. Como resultado, a UEFA implantou um aplicativo de celular, baseado em blockchain, na venda de ingressos para a final da UEFA Europa League 2018. Além disso, a entidade anunciou recentemente a sua parceria com a AlphaWallet, que possibilitará ao público comprar ingressos VIP, tokenizados pela blockchain Ethereum, para a EURO 2020.
O que vem a seguir é mais interessante. No começo de 2018, o clube turco Harunustaspor entrou para a história ao ser o primeiro time a contratar um jogador usando cripto. Omar Faruk Kiroglu foi cotado em 0.0524 BTC (aproximadamente €450), e 2.500 Liras Turcas, como parte do negócio. Mas se você acha que este foi apenas um caso isolado, tem mais novidade por aí. Que tal comprar um time inteiro? Foi isso que o empresário de fintech argentino Victor Pablo Dana pensou quando decidiu comprar o Rimini FC 1912, time da Série C italiana. A sua empresa, Quantocoin, com sede em Gibraltar, fez a compra com a sua própria criptomoeda, que inclusive é usada para pagar os salários dos jogadores do Gibraltar United – clube de futebol que participa da Premiere League do Território Ultramarino Britânico.
A iniciativa de comprar jogadores de futebol com BTC também foi um grande negócio para sete clubes da Premiere League (Tottenham Hotspur, Leicester City, Newcastle United, Southampton, Cardiff City, Brighton e Crystal Palace), que aceitaram configurar carteiras digitais com a plataforma cripto online eToro, e assim promover suas campanhas publicitárias.
Atualmente, o futebol inglês parece ser o maior amigo das blockchains. Com exceção dos times já mencionados, Arsenal, Watford e Wolverhampton Wanderers aceitaram patrocínios de empresas do criptonegócio. O Manchester City lançou uma série de produtos blockchain “colecionáveis” como o Tamagotchi crypto (o jogo se chama FC Superstars e foi produzido em conjunto com a empresa sul-coreana Superbloke). A plataforma cripto AllSports, engajada em preencher esta lacuna da blockchain nos esportes, fez a sua melhor propaganda ao escolher Eden Hazard, ex-craque do Chelsea F.C., junto com Sergio Aguero, do Manchester City. Até mesmo os clubes que não são financeiramente fortes, como o Newcastle United e o Cardiff City, procuram tomar decisões mais efetivas através do lançamento de ICOs (Oferta Inicial de Criptomoedas).
Tokenizando o negócio do futebol
No que diz respeito ao investimento em criptomoedas, a Premiere League também tem seus “herowens”. Sim, você leu corretamente se entendeu o trocadilho com o nome de Michael Owen, ex-artilheiro da seleção inglesa. Além de ter o seu próprio token “OWN”, ele pertence ao conselho dos principais consultores do projeto Global Crypto Offering Exchange (GCOX), de Cingapura.
Junto com Owen, outros dois jogadores latinoamericanos pretenderam “tokenizar-se”. James Rodriguez, atual meio-campista do Real Madrid, fez uma parceria com a plataforma SelfSell para lançar o seu próprio token JR10. A lenda brasileira, Ronaldinho, autorizou a criação do seu token Ronaldinho Soccer Coin, pela plataforma cripto NEO, com a ajuda da empresa maltesa World Soccer Coin, que executa com sucesso o seu projeto Planet RSC, dirigido a estabelecer a academia Ronaldinho, desenvolver uma plataforma nos estádios de apostas em futebol, e fidelizar jogadores no mundo todo.
E um grande passo na direção à fusão de dois setores ambiciosos é representado pelo processo chamado Oferta de Token Torcedor (FTO – Fan Token Offering), que significa adquirir Tokens Torcedor. Diferente dos Tokens de Segurança, usados na obtenção de lucro, e os Tokens de Utilidade, usados como um tipo de desconto ou acesso premium aos serviços, Tokens Torcedor oferecem aos amantes do futebol opções especiais de voto, e privilégios exclusivos para sócios, como fazer parte do grupo privado de torcedores, e ter direito a voto nas decisões mais importantes pela plataforma de celular Chiliz’s, do site Socios.com. Quanto mais tokens você tiver, maior é a sua chance de obter os prêmios e benefícios VIP através do voto constante no site. Os times de futebol estão aderindo ativamente a esta estratégia revolucionária na captação de sócio-torcedores. Os primeiros clubes que anunciaram sua colaboração com Socios no começo de 2019 foram o Paris Saint-Germain (PSG) e a Juventus. No decorrer do ano, Atlético De Madrid, Galatasaray, AS Roma e West Ham também implementaram o FTO, inspirado no exemplo dos dois grandes times da França e Itália.
O último grande salto do Chiliz para Tokens Torcedor foi no FC Barcelona, que mostrou sérias intenções de capacitar os seus “mais de 300 milhões” de torcedores. O acordo entre a equipe e a maior plataforma de blockchain para esportes e entretenimento foi divulgado no dia 13 de fevereiro. Não é à toa que o time espanhol seguiu o caminho trilhado pelo seu jogador mais valioso, Lionel Messi, que foi o embaixador do primeiro smartphone Sirin Labs de blockchain do mundo (Finney), além do seu principal patrocinador Rakuten, um forte investidor em blockchain.
Chiliz como base das operações para Oferta de Token Torcedor (FTO)
O plano aqui é receber Tokens Torcedor, alguns gratuitamente (através da ampliação real do recurso da Socio, Token Hunt), outros comprados usando a própria criptomoeda da plataforma Chiliz.
O Chiliz ($CHZ), de propriedade do Mediarex Group, sediado em Malta, pertence ao grupo de tokens de utilidade ERC20, da blockchain Ethereum, e atua como combustível para o correto funcionamento das plataformas Chiliz e Socious.com. Esta moeda digital foi lançada assim que o projeto captou mais de $65 milhões por meio da inserção privada em junho de 2018. Estas principais exchanges de criptomoedas e fundos da Ásia, como a Binance, OK Blockchain Capital e Ceyuan Ventures, investiram diretamente na Chiliz. Com base no mecanismo de consenso de Prova-de-Autoridade, CHZ requer menos tempo de confirmação da transação, e provou ser completamente transparente, livre de erros e resistente a hackers.
Devido ao fato de que cada vez mais clubes de futebol estão dando aos seus torcedores direito a voto nas decisões mais importantes, a demanda por CHZ tem crescido exponencialmente. De acordo ao CoinMarketCap, no dia que o Barcelona assinou contrato com a Chiliz, o volume de trading do token dentro das 24h foi superior a $41 milhões de dólares, o que é aproximadamente 81 vezes mais do que o volume registrado em julho de 2019, quando o token Chiliz foi listado no site pela primeira vez.
As autoridades da Chiliz afirmam que a sua prioridade é listar estrategicamente $CHZ nas exchanges parceiras. Logo, Binance é a exchange mais ativa na negociação deste token nos pares com BTC, USDT e BNB. Chiliz também recomenda usar Binance DEX, BitMax e KuCoin. Caso você esteja buscando o par de trading CHZ/ETH, a exchange Bilaxy é uma opção de ajuda, porém, se a liquidez é um ponto-chave na sua experiência de trading diário, não esqueça que a HitBTC é líder absoluta neste quesito. Além disso, $CHZ está disponível para compra pelo aplicativo de celular Socios, portanto você pode trocar por Tokens Torcedor no mesmo lugar.
A Oferta de Token Torcedor surge como uma forma original de proporcionar aos clubes de futebol estratégias eficientes para engajar e monetizar seus torcedores. Esta tecnologia visa cruzar todas as fronteiras internacionais, já que a concentração de torcedores dos clubes de futebol mais famosos do mundo é maior que a população total de muitos países no planeta. Considerando a alta proteção de usuários da Binance, e o fato de que o futebol é o esporte número 1 no mundo, podemos sugerir que a Chiliz irá ganhar a sua popularidade e abrir mais espaço para a criação de um novo mercado no futebol através da blockchain.